Milhares de trabalhadoras ocuparam as ruas contra Bolsonaro no 8 de Março
Via: Intersindical.org.br
O 8 de Março – Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras, nesse 2020, foi marcado no Brasil por milhares nas ruas em movimento contra o governo Bolsonaro, que ataca os direitos da classe trabalhadora, sendo que as mulheres são as maiores vítimas.
O dia também foi de denúncia contra a investida do governo em avançar na criminalização e perseguição aos que lutam contra sua política que ataca direitos, sucateia os serviços públicos, estimula a violência que potencializa ainda mais o feminicídio.
Em todas as avenidas e praças do Brasil, entre as principais palavras de ordem estavam FORA BOLSONARO e a afirmação da luta contra esse governo saudoso da ditadura militar que tenta aumentar a repressão para ampliar seus ataques ao conjunto da classe trabalhadora.
As manifestações dirigidas pelas mulheres reuniram trabalhadoras, estudantes, jovens, idosas, crianças, e também trabalhadores, pois se a luta sem as mulheres fica pela metade, também fica pela metade a luta por uma nova sociedade sem opressão e exploração se não for uma luta do conjunto da classe trabalhadora.
No Chile o 8 de Março reuniu mais de 2 milhões de pessoas, em sua grande maioria mulheres que ocuparam as ruas de Santiago, fortalecendo a luta do conjunto dos trabalhadores, aposentados, estudantes contra o governo de Sebatián Piñera. O ato foi infinitamente maior do que as manifestações da direita chilena que tentou, sem sucesso, colocar seus covardes nas ruas na semana passada para defender a Constituição criada pelo ditador Augusto Pinochet; o 8 de março também marcou a denúncia contra a repressão policial nas manifestações contra o governo, em que dezenas de mulheres sofreram violência sexual.
No México, na maioria dos países da América do Sul, na Europa, Oriente Médio, as mulheres ocuparam as ruas contra o capitalismo e seus governos de plantão que se aproveitam da herança do patriarcado para manter a opressão e potencializar a exploração de mulheres e homens trabalhadores.
É no passo firme daquelas que, mais do que mulheres, são trabalhadoras que vamos avançar contra a barbárie e como Rosa Luxemburgo, uma das muitas mulheres que dedicaram sua vida a luta da classe trabalhadora, podermos construir um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.