Indígena Guajajara, guardião da floresta, é assassinado por quem está a serviço do agronegócio
Via: Intersindical.org
Paulo Paulino Guajajara, uma liderança dos povos indígenas, foi assassinado na semana passada no Maranhão. Paulo já estava na lista das pessoas que deveriam estar sob proteção do Programa de Proteção Estadual de Defensores dos Direitos Humanos, mas não teve nenhuma proteção.
Não houve proteção para Paulo que foi assassinado por jagunços contratados por aqueles que querem transformar a Amazônia num quintal de seus negócios, não houve proteção também a Laércio Guajajara que também foi gravemente ferido nessa mesma emboscada que aconteceu no dia 1º de novembro.
Paulo e Laércio fazem parte dos guardiões da floresta, indígenas que se organizam junto às suas comunidades para, mais do que proteger as reservas, lutar para proteger a floresta contra a grilagem, os madeireiros que, mais do que destruir a Amazônia, destróem vidas.
Por total negligência e conivência do governo Bolsonaro, indígenas estão sendo assassinados, servidores públicos que trabalham em órgão de fiscalização estão sendo ameaçados, lutadores em defesa dos direitos humanos e do meio ambiente seguem sendo alvo daqueles que querem se apropriar da Amazônia, lucrar a partir do sangue e da morte.
Mais do que denunciar mais um crime cometido por jagunços a serviço de madeireiros e da grilagem, é preciso cada vez mais na luta do conjunto da classe trabalhadora fortalecer a luta em defesa dos povos indígenas, que lutam muito além de defender suas reservas e cultura: lutam em defesa de proteger um bem comum da humanidade.