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UM GOVERNO QUE SEMEIA A MORTE CONTRA OS TRABALHADORES

Via Intersindical.org.br

De elogio à ditadura militar ao projeto de liberar geral as péssimas condições de trabalho que adoecem e matam, Bolsonaro escancara o objetivo de seu governo: aos patrões lucros e riqueza, à classe trabalhadora desemprego, fim dos direitos e morte.

Depois de tentar colocar em dúvida mais um assassinato cometido contra indígenas que lutam por seu direito de viver com dignidade e de acordo com sua cultura na terra em que habitam, depois de comemorar o assassinato de um jovem trabalhador morto nos porões da ditadura militar, Bolsonaro anuncia a essência de seu projeto: acabar com todas as regras, leis e normas que impeçam o Capital de aumentar ainda mais a exploração e a carnificina contra a classe trabalhadora.

O presidente imbecil funcional e servil aos interesses da burguesia, tenta com suas declarações esconder a essência de seu projeto, que é combater a luta dos trabalhadores contra as consequências de uma sociedade dividida em classes. A fala de Bolsonaro na terça-feira dia 30/07, em que diz que a luta de classes é mais do que ser homo ou hetero, nordestino ou sulino, branco ou preto, tenta camuflar o que de fato é a luta de classes que escancara a existência de uma parcela muito pequena da sociedade que se farta com a riqueza produzida através da exploração e da miséria da maioria dos seres humanos.

A essência da fala de Bolsonaro está em tentar ressignificar o que é de fato a luta de classes. Com o discurso hipócrita que é muito difícil ser patrão no Brasil, o governo quer acabar de vez com qualquer norma, lei e regra que impeça os patrões de ampliar o ataque contra os trabalhadores em seus direitos e suas vidas.

Bolsonaro tenta acabar com as fiscalizações das condições de trabalho no campo e na cidade, através de grandes alterações nas Normas Regulamentadoras (NR’S) que tratam sobre segurança e saúde nos locais de trabalho. Para ele, trabalhadores rurais não têm direito nem à banheiro, se tiverem que suprir suas necessidades fisiológicas, que as façam no mato. Para ele, os trabalhadores que trabalham submetidos às duras condições de trabalho nas fábricas tendo sugada sua saúde e vida não têm do que reclamar. Para esse governo, quem tem que reclamar são os patrões, que são obrigados a pagar multas, indenizações ou entregar suas propriedades por terem submetido a dignidade dos trabalhadores aos seus interesses, por terem submetidos a saúde e vida de seres humanos à sua ganância por mais lucros.

As alterações que o governo quer fazer nas Normas Regulamentadoras que tratam sobre segurança e saúde do trabalho vão desde liberar a abertura de empresas sem fiscalização, passando pela alteração das normas de segurança em máquinas e equipamentos até o fim da punição a empresários que impõem trabalho análogo a escravidão.

Na semana em que escancarou ainda mais o ser repugnante que é, Bolsonaro, além de substituir a maioria dos membros da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e saudar a ditadura militar, afirmou que quer legalizar o garimpo e negligenciar o assassinado de indígenas. Esse governo atenta contra os direitos e vida dos trabalhadores ao tentar acabar com o pouco que resta de fiscalização dos ambientes de trabalho e, se torna mais do que cúmplice: convivente com a carnificina contra a vida dos trabalhadores provocadas pelas condições de trabalho imposta pelo Capital.

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