Proposta da Villares mantém PLR rebaixada
O Sindicato está de volta nas negociações; agora, é ampliar a organização no local de trabalho e preparar a mobilização para conquistar a PLR a que temos direito!
Desde a implantação da PLR, a Villares fez de tudo para deixar o Sindicato fora das negociações e, consequentemente, impedir a organização dos trabalhadores na defesa de seus direitos. Por isso, acabou autuada pela Receita Federal e tendo de incluir nas negociações o legítimo representante dos trabalhadores, que é o Sindicato. No período de 2009 a 2013, com o Sindicato nas negociações, o valor da PLR só aumentou, partindo de R$ 3.148,24 e chegando a R$ 7.300,00.
Para tentar conter esse crescimento do valor da PLR, a Villares impediu novamente a participação do Sindicato nas negociações, substituindo-o pela tal “comissão paritária”.
Resultado: com metas inatingíveis, os valores despencaram.
Com Comissão ficou fácil dar balão
Em 2014, recebemos R$ R$ 5.500,00; em 2015, R$ 5.000,00; em 2016, R$ 4.700,00; e, em 2017, menos ainda: R$ 4.430,00.
Tudo isso porque a tal Comissão Paritária não tinha nenhum poder de negociação: além de serem escolhidos a dedo pela empresa, esses trabalhadores também não tinham estabilidade. Ou seja, a tal Comissão engolia todas as propostas da empresa, sem fazer críticas ou discuti-la com o conjunto dos trabalhadores.
Em 2018, por decisão dos trabalhadores, o Sindicato voltou às negociações. Após três reuniões, ainda não há acordo sobre como aplicar as metas.
Confira como estão as negociações
Villares x Sindicato
A empresa insiste em vincular 100% do valor da PLR a metas. Entre elas, o Ebit, que é uma meta ligada à lucratividade. Com esses dois critérios a PLR ficará abaixo do que os trabalhadores já produziram e ainda produzirão até o final do ano. Abaixo também do que outras empresas do mesmo segmento acordaram, como a Gevisa, Bekaert, Coopersteel, que incluem outras metas nos cálculos para pagamento. Por isso, o Sindicato não aceita nem os 100% nem o Ebit no conceito de cálculo da PLR na Villares.
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O Sindicato concorda com metas nos cálculos da PLR como produtividade, eficiência energética, redução de custo e redução de estoque.
Mas como os trabalhadores não têm controle sobre elas, o Sindicato defende que sejam atingidas sempre que 50% de cada uma delas forem alcançados. Com relação ao Ebit, que é ligado à lucratividade, o Sindicato não aceita porque não diz respeito aos trabalhadores, já que o lucro também vai depender de eventuais dívidas adquiridas pela empresa e se ela vai ou não quitá-las. Portanto o Sindicato defende que 85% do valor a ser pago na PLR sejam garantidos pelos resultados já obtidos, e apenas os 15% restantes fiquem condicionados a metas a serem atingidas. |