Metalúrgicos da CAF e da Amsted Maxion cruzam os braços em Hortolândia
Em campanha salarial, 3.750 metalúrgicos paralisam a produção de trens na região
Continua firme a mobilização dos metalúrgicos em Campinas e Região.
Com a decisão de intensificar as mobilizações nas fábricas, tirada na assembleia de ontem (18) na Sede do Sindicato dos Metalúrgicos, na manhã desta segunda-feira os 750 trabalhadores da multinacional espanhola CAF (Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles) decidiram paralisar a produção da fábrica e seguiram em passeata até o Complexo Maxion, que emprega cerca de 3 mil trabalhadores, comprometendo totalmente a produção ferroviária na região.
Às 16h haverá assembleia com os trabalhadores do segundo turno.
Confira as reivindicações dos trabalhadores:
– Reajuste salarial de 17,45% = aumento real de 8,91% e inflação pelo INPC de 7,84%
– Piso salarial do Dieese
– Redução da jornada para 36horas, sem redução de salário
– Plano de Cargos e Salários
– Delegados sindicais
– Melhores condições de segurança e de saúde
Confira a proposta patronal apresentada pelo Sicetel e reprovada pelos trabalhadores:
Reajuste salarial de 9,5%
Teto = R$ 5.500,00 (para salários acima desse valor, o reajuste será fixo de R$ 457,10)
Pisos
Até 50 Trabalhadores = R$ 911,00
De 51 a 500 Trabalhadores = R$ 976,54
Acima de 501 Trabalhadores = R$ 1.077,37
Sobre as empresas:
A CAF – Construcciones Y Auxiliar de Ferrocarriles S/A, fabricante de trens para a CPTM/Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e o Metrô São Paulo é a fábrica de trem mais modernas da América e deverá se tornar plataforma exportadora para a América Latina e Oriente Médio), e emprega cerca de 750 trabalhadores.
A Amsted Maxion é referência na fabricação e no fornecimento de vagões de carga, de todos os tipos, para as mais renomadas companhias ferroviárias do Brasil e exterior, emprega cerca de 3 mil trabalhadores e está instalada em Hortolândia, n a planta da antiga Cobrasma.
Imagens: Vinícius: (19) 9440-5135 e (11) 8440-6897
