Domingo, dia 11, às 9h30, tem assembleia decisiva da campanha salarial!
Frente ao crescimento da produção e dos lucros e à falta de avanços nas negociações, só resta uma saída aos trabalhadores: intensificar a luta com greves!
A produção nas fábricas está bombando. A pressão, o ritmo e as horas extras aumentando. As vendas e exportações batendo recordes.
Mas os patrões insistem na choradeira, apresentando um cenário que não condiz com a realidade econômica e a condição dos trabalhadores nas fábricas.
Tanto que todas as propostas econômicas apresentadas pelos sindicatos patronais foram rejeitadas pelo nosso Sindicato já nas mesas de negociação.
O Brasil (e os lucros) cresceu…
Este ano, um dos argumentos dos patrões nas negociações tem sido a tese de desindustrialização, na qual o câmbio baixo favoreceria as importações, prejudicando a produção nacional.
Dados contrariados, inclusive, pelo próprio governo que divulgou que em agosto, as exportações chegaram a US$ 26 bilhões e as importações ficaram a cima de US$ 22 bilhões.
Esses números confirmam a possibilidade de 2011 fechar com superávit de cerca de US$ 20 bilhões, com o total de exportações e importações podendo chegar a meio trilhão de dólares neste ano.
Ou seja, para o governo e para os patrões, o resultado acima é altamente positivo, comprovando que as importações não representam ameaça às indústrias.
Ao contrário, os patrões estão se aproveitando do dólar baixo para importar componentes e bens para usar na produção e aumentar seus lucros.
Os dados são incontestáveis
Segundo o sindicato patronal Sindipeças, o faturamento do setor de autopeças de janeiro a julho aumentou mais de 10% sobre igual período de 2010.
Segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), em agosto, foram vendidas 2.370.777 veículos, 8% a mais que em 2010.
No setor de eletroeletrônicos, a própria Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) estimou um faturamento de R$ 140 bilhões em 2011, 13% maior que em 2010, quando o faturamento atingiu R$ 124 bilhões.
Assim mesmo, já pediu ao governo a ampliação dos incentivos fiscais como redução do Imposto de Renda da Contribuição Social sobre Lucro, desoneração do ICMS, e isenção do IPI.
Aumento real já
Além de não avançarem nas discussões econômicas, os patrões também não estão querendo discutir as reivindicações sociais.
Portanto, com a economia em alta e as negociações emperradas, nosso caminho agora é a mobilização no chão de fábrica.
Vamos intensificar nossa luta e nos preparar para greves a partir da próxima semana.
Faça as contas
Em 2010, conquistamos reajuste do INPC + aumento real de 4,37% nos Grupos 9 e 9.2 (máquinas e eletroeletrônicos) e 4,52% para o Grupo 3 (autopeças) e Fundição.
Acontece que os ganhos reais foram corroídos em menos de 8 meses, ou seja, nos três meses restantes para completar o período entre uma data base e outra, acumulamos mais perdas.
Confira
Grupo | Data-base | Período | Aumento Real | Corrosão | Perda acumulada |
9 e 9.2 | Agosto | Ago/10 a jul/11 | 4,37% | 7,72 meses | 1,83% |
Autopeças e Fundição | Setembro | Set/10 a ago/11 | 4,52% | 7,43 meses | 2,15% |
Montadoras | Setembro | Set/10 a ago/11 | 5,95% | 9,72% meses | 0,77% |