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Metalúrgicos param em ato contra projeto de acordo

Metalúrgicos param em ato contra projeto de acordo

O Acordo Coletivo Especial prevê flexibilizações que categoria, que está em negociação salarial, não aceita

11/09/2012 – 14h16

Adagoberto Baptista
Trabalhadores do setor de metalurgia pararam atividades em empresas de Campinas e região (como Hortolândia, Sumaré e Limeira) , nesta terça-feira (11), por não aceitarem o Acordo Coletivo Especial (ACE), em que constam diversas alterações na política trabalhista. Conforme avaliação do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, 7 mil funcionários de várias empresas aderiram à paralisação. Empresas como Mabe e Complexo Maxion (Hortolândia), Villares (Sumaré) e TMD (Indaiatuba) engrossaram o ato nesta terça-feira (11).

As manifestações contrárias ao ACE continuarão quarta (12) e quinta-feiras (13) com a Intersindical. De acordo com o sindicato, o ACE foi elaborado pelo Sindicato de São Bernardo do Campo com apoio da CUT e apresentado para o governo federal. Nele está prevista uma flexibilização dos direitos da classe trabalhadora, o que, para a região de Campinas, não traz ganho algum para a categoria.

As ações contra o ACE, que está para ser avaliado na Câmara Federal, ocorrem em período de negociação saliarial dos metalúrgicos. A categoria tem como data-base 1º de setembro. Conforme sindicalistas da região de Campinas, já ocorreram diversos encontros com representantes patronais sem, contudo, serem apresentadas propostas que fossem signifricativas para os metalúrgicos.

A categoria quer 12,86% de reposição salarial, além de ajustes em cláusulas sociais, mas as empresas ofereceram 5,2%, acrescidos de 2% (aumento real). Sem acerto até esta terça-feira (11), os trabalhadores decidiram intensificar ações para que o assunto continue a ser discutido e se chegue a um acordo.

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