Clipping

Metalúrgicos: mais manifestações em São Paulo

11/09/2012 | 19h20

Trabalho
Metalúrgicos: mais manifestações em São Paulo
Reajuste salarial mobiliza trabalhadores do Estado

MÁRIO CURCIO, AB

Trabalhadores filiados ao Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região reúnem-se em frente à Honda, em Sumaré (foto: divulgação)
Após a paralisação organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na segunda-feira, 10, as manifestações de trabalhadores do setor continuaram nesta terça-feira, 11, pelo Estado de São Paulo, e terão desdobramentos na semana. Na região de Campinas, trabalhadores das empresas Mabe, CAF e Complexo Maxion, em Hortolândia; Villares, em Sumaré; e TMD, em Indaiatuba participaram, com a Intersindical, de protestos contra o Acordo Coletivo Especial apresentado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP) com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

As manifestações e paralisações continuam pela quarta-feira, 12, e quinta-feira, 13, nas regiões de Campinas, Limeira e Santos. A campanha salarial também mobiliza os trabalhadores. Os metalúrgicos de Campinas, Limeira, Santos e São José dos Campos (com data-base em 1º de setembro) reivindicam 12,86% mais cláusulas sociais.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, a pauta de reivindicações foi entregue aos sindicatos patronais no mês passado, mas as propostas apresentadas têm-se limitado ao INPC, com exceção das montadoras, que ofereceram 2% de ganho real (em São José dos Campos, o ganho real conquistado pelos trabalhadores da GM foi de 2,7%; leia aqui).

Diante do impasse, a categoria intensificou as mobilizações. A possibilidade de paralisação não está descartada, já que no dia 3 foi protocolado Comunicado de Greve para as empresas dos setores de autopeças, máquinas e eletroeletrônicos, fundição, estamparia e montadoras.

MANIFESTAÇÕES LIGADAS À FEM

A Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT/SP (FEM) vem mobilizando desde a semana passada trabalhadores do Estado. A entidade reivindica reajuste salarial de 8% (5,39% referentes à inflação nos últimos 12 meses e 2,5% de aumento real). Os sindicatos filiados iniciaram mobilizações e protestos em Cajamar, Itu, Salto, São Carlos, Taubaté e Sorocaba. Na maioria dessas cidades já ocorre o estado de greve.

No dia 10, em Sorocaba, houve protesto de duas horas e meia em frente à Wobben. Nesta cidade ocorreu assembleia na zona industrial, reunindo cerca de 2 mil trabalhadores. Metalúrgicos da Tecsis, Flextronics, Grupo ZF (ZF do Brasil, ZF Lemforder, ZF Sistemas), Syl, Grupo Schaeffler (Ina, Fag, Luk), YKK, SPF, Scherdel, Johnson Controls e Gerdau Araçariguama participaram da manifestação.

Neste dia 11, a produção foi afetada nas empresas Hurth Infer e Arthur Klink. Em Pindamonhangaba ocorreram atrasos nas entradas de turno da Novelis.

Jornal da Categoria