SP: 10 mil metalúrgicos protestam contra acordo trabalhista
12 de setembro de 2012 • 16h46 • atualizado 17h03
Terra Notícias
Os trabalhadores das empresas Wabco, Tecnometal e KSPG manifestaram contra Acordo Coletivo Especial (ACE) apresentado pelo sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo, com apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Para o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, a proposta “significa uma tentativa de flexibilização dos direitos da classe trabalhadora”. Ao todo, segundo a entidade, 10 mil trabalhadores participaram dos protestos, que paralisaram as atividades das fábricas.
Segundo informou a entidade nesta quarta-feira, estão previstas mais manifestações para amanhã nas regiões de Campinas, Limeira e Santos.
Em Limeira, diz a entidade, haverá assembleia na Whirlpool (detentora das marcas Brastemp e Consul) e em Santos, na Usiminas.
A entidade representativa dos metalúrgicos de Campinas afirma que as manifestações começaram ontem nas empresas Mabe, CAF e Complexo Maxion, em Hortolândia; em Villares, Sumaré; e na TMD, em Indaiatuba.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região afirma que o projeto “tem como objetivo regulamentar a redução de direitos dos trabalhadores, através de acordos entre empresários e a representação sindical onde o que for acordado poderá ser inferior ao legislado.
E, uma vez homologados pelo Ministério do Trabalho, não poderão ser questionados judicialmente”.
Segundo informações do site do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, foram realizados debates durante três anos com representantes de todos os seguimentos trabalhistas para elaborar o Acordo Coletivo Especial.
O portal informa ainda que o texto foi entregue oficialmente ao governo federal em novembro do ano passado e que o projeto precisa ser encaminhado ao Congresso Nacional para avaliação.
De acordo com as informações do portal, o objetivo do projeto “é garantir segurança jurídica aos acordos específicos entre sindicato e empresa e, dessa forma, fazer com que a negociação coletiva seja valorizada e adotada no País como instrumento mais moderno para a solução de conflitos pertinentes às relações de trabalho e à representação sindical no local de trabalho, além de modernizar as relações”.
Procurado pela reportagem, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC não comentou o caso.
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