Trabalhadores da americana Sanmina-SCI, em Hortolândia, param por melhores salários e condições de trabalho
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Trabalhadores da americana Sanmina-SCI, em Hortolândia, param por melhores salários e condições de trabalho
Na Índia, protesto semelhante aconteceu no início do ano passado, envolvendo 1,2 mil trabalhadores
Na quarta-feira (15), os 420 trabalhadores da Sanmina-SCI, em Hortolândia, decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado. Eles reivindicam melhores condições de trabalho na subsidiária americana que onde está presente, principalmente, na America Latina e Ásia, opera desrespeitando a legislação local e precarizando as relações e condições de trabalho.
No Brasil, a Sanmina-SCI frauda a Lei 6.019/74, contratando trabalhadores sob contratos temporários ou por agências, por períodos superiores ao permitido. Ou seja, vencidos o prazo de contratação por prazo determinado (90 dias mais 90 dias, com autorização do Ministério do Trabalho), a empresa demite o trabalhador para contratar outro no mesmo regime, o que é proibido por lei. Pois, fica claro que a demanda não tem nada de sazonal, ao contrário, mostra-se permanente.
Outros pontos em que a intransigência da empresa se torna evidente são o desrespeito com relação à política de participação dos trabalhadores nos lucros e resultados (PLR) e no que diz respeito à representação sindical de seus trabalhadores.
Na PLR, apesar do crescimento do lucro da empresa, o valor apresentado aos trabalhadores tem sido o mesmo há 5 anos. E, na representação sindical, a empresa não admite a presença do sindicato dos trabalhadores na fábrica sequer para a realização de assembleias.
A empresa emprega majoritariamente mulheres; impõe longas jornadas com horas-extras; pratica assédio e paga os mais baixos salários do segmento de eletroeletrônicos na região de Campinas.
A empresa é fornecedora de componentes eletrônicos para grandes indústrias dos ramos eletroeletrônico e automotivo, como Motorola, Gradiente e Valeo, e, há anos, vem alegando que por se enquadrar entre as empresas EMS (Electronics Manufacturing Solutions), isto é, que não têm produto próprio, tem perdido concorrência e está operando no vermelho.
Frente a toda essa intransigência da Sanmina-SCI, seus trabalhadores permanecerão em greve por tempo indeterminado.
Esta é a segunda greve dos trabalhadores, sendo que a primeira ocorreu em 2005.
A greve na Índia
Em fevereiro de 2011, os 1200 trabalhadores da planta de Oragadam, na Índia, entraram em greve. Lá, eles estavam trabalhando durante 10 horas seguidas e recebendo salários que giravam em torno de U$ 111 a U$ 133. Os contratos de trabalho também eram precários e os trabalhadores não tinham sequer auxílio-saúde.
Mais informações:
Jair dos Santos (19) 8102-6374
Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região: (19) 3233-7983
Saiba mais sobre a Sanmina-SCI
Em 32 anos de atividade, a Sanmina-SCI fabrica produtos em diversas áreas desde computação e armazenamento, tecnologia limpa, multimídia, médica até automotivo, defesa e aeroespacial.
Está presente em 18 países em três continentes (40% na América, 40% na Ásia e 10% na Europa), empregando aproximadamente 45 mil trabalhadores.
Em 2011, ficou na 366ª posição no ranking das maiores corporações americanas.
A receita anual chegou a U$ 6,318.7 bilhões e o lucro a U$ 122,4 bilhões.
No Brasil, a planta localizada em Hortolândia (SP), tem 420 trabalhadores que produzem módulos de memória, montagem de fonte de alimentação para PC/Telecom, de impressora, de PC/servidor, de placas de circuitos, teste de produtos eletrônicos e serviços de reparo e assistência técnica.
Nosso ranking anual das maiores corporações da América
366. Sanmina-SCI
Classificação: 366 (Posição anterior: 405) CEO: Jure Sola |
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