Trabalhadores franceses fazem greve contra reforma da previdência

As redes de trem, metrô e transportes urbanos franceses fazem nova greve contra o plano do presidente Nicolas Sarkozy de extinguir o regime especial de aposentadorias. A primeira paralisação ocorreu no dia 18 de outubro.
O governo francês quer acabar com o regime especial, instituído em 1945, em que ferroviários, metroviários, motoristas de ônibus urbanos, trabalhadores nas estatais de gás e eletricidade e funcionários da Ópera de Paris se aposentam com 37,5 anos de contribuição. Com a reforma, o governo quer aumentar para 40 anos de contribuição, igualando aos trabalhadores do setor privado.

Mais ataque, mais greve
As três principais centrais sindicais francesas, CGT, CFDT e FO esperavam uma abertura de negociações com o governo depois da paralisação do mês passado, mas diante da falta de recuo oficial ou de opções intermediárias para serem negociadas, elas se mantêm firmes na luta.
Na próxima semana está prevista uma greve de dimensão imprevisível na rede escolar, em razão da proposta do governo de substituir apenas dois a cada três funcionários que se aposentam.
Judiciário
No dia 29 de novembro, juízes e advogados pretendem se mobilizar contra a reestruturação do Judiciário, que determinará o fechamento de dezenas de fóruns.
Universidades públicas
Movimentos no ensino superior protestam contra lei aprovada em meados do ano que deu às 37 universidades públicas a possibilidade de buscar patrocínio no setor privado. Estudantes bloquearam o acesso da Faculdade de Direito da Universidade de Nanterre, um subúrbio de Paris.