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Sem Terra reocupam o Horto Florestal Tatu, em Limeira

No dia 11, cerca de 600 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) reocuparam uma área do Horto Florestal Tatu, em Limeira.


Ao menos 250 famílias faziam parte do acampamento Elizabeth Teixeira, desde abril deste ano, e que foi despejado violentamente pela tropa de choque da polícia militar, no final de novembro, quando 400 homens da Polícia Militar (Tropa de Choque, Canil, Cavalaria e helicóptero) deixaram pelo menos 20 trabalhadores sem-terra feridos e outros cinco hospitalizados.


Despejo irregular


O pedido de reintegração de posse foi feito à Justiça Estadual pela Prefeitura de Limeira. No entanto, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) informou que a área pertence à União e que, portanto, a Justiça Estadual não poderia conceder reintegração.


O Incra informou ainda que o terreno está oficialmente em nome da extinta RFFSA (Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima) e a legislação determina que o patrimônio da RFFSA seja automaticamente convertido à União e destinado à reforma agrária.


Após a expulsão das famílias, o Ministério dos Transportes protocolou documento que exige que a prefeitura de Limeira, que mantém um aterro sanitário em condições inadequadas, desocupe a área.
Reforma Agrária é a solução


O governo Lula, em campanha eleitoral, afirmou que daria especial atenção à reforma agrária, mas não tem demonstrado isso na prática.


O MST continua organizando acampamentos com o objetivo de pressionar o governo federal a promover a reforma agrária, o que mudaria radicalmente a situação de milhares de brasileiros sem trabalho, sem moradia, sem condições dignas de vida.



 

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