Parlamento grego empurra dívida aos trabalhadores com novo pacote
Privatizações, novos impostos, desemprego, e cortes de salários, aposentadorias e pensões. Estas são as medidas embutidas no novo “pacote de austeridade” que o Parlamento grego aprovou nesta quarta-feira (29).
Uma exigência do FMI e da União Europeia para liberar mais dinheiro à Grécia, endividada desde a crise de 2008, o pacote aprovado pelo parlamento grego deve arrecadar, à custa dos trabalhadores, 28 bilhões de euros até 2015.
Com o plano haverá privatizações, novos impostos sobre renda e propriedades, e cortes de salários e aposentadorias, incluindo 6,5 bilhões de euros em aumentos de impostos e cortes de gastos estatais ainda neste ano.
Desde o ano passado, os trabalhadores gregos têm sido massacrado com redução de gastos públicos, desemprego e aumento de impostos, quando a União Europeia e o FMI emprestaram US$ 160 bilhões para “resgatar” a Grécia da crise.
O alto custo pago pelos trabalhadores, porém, de nada adiantou. Para pagar a mesma dívida e seus juros, e não para garantir os direitos dos trabalhadores, o governo voltou a recorrer aos credores que, agora, às vésperas da liberação da quinta parcela do pacote de 2010 (12 bilhões de euros previstos para julho) exigiram novas garantias de pagamento para liberar mais um empréstimo, que deve ultrapassar US$ 100 bilhões.
Os trabalhadores gregos que já realizaram três greves gerais neste ano, dando-nos exemplo de organização e resistência aos ataques do governo, continuarão firmes na luta contra mais esse golpe e em defesa de seus empregos e direitos.
