Na Mabe, trabalhadores lutam por equiparação salarial
Desde os anos 80, com a vitória da oposição no Sindicato, os trabalhadores lutaram muito com a antiga Dako. A longo dos anos, o Sindicato e os trabalhadores organizados obtiveram inúmeras conquistas salariais, benefícios e melhores condições de trabalho.
Com a instalação de fábricas concorrentes em Campinas, a empresa começou a mudar sua política de cargos e salários.
Em 1997, havia uma política de salários em que os operadores de produção passavam por avaliações trimestrais e em 12 meses tinham os salários equiparados aos trabalhadores mais antigos na função.
Com o tempo, a empresa aumentou o período para a equiparação de 12 meses para 24 meses.
Mas em 2002, a empresa acabou com a possibilidade da equiparação salarial, criando um novo cargo. No lugar de contratar operadores de produção, a empresa passou a contratar auxiliares de produção, que apesar de desenvolverem a mesma função e fazerem exatamente o mesmo trabalho dos operadores de produção nunca chegarão ao salário dos operadores nem do pessoal mais antigo na empresa.
E não pense que as perdas vão parar por aí. O próximo passo da Mabe será tentar acabar com o cargo de operador de produção e contratar somente auxiliares de produção, que realizam a mesma função, mas têm um teto salarial muito abaixo dos operadores. Enquanto um operador recebe um salário de aproximadamente R$ 1.600,00, os auxiliares, depois de 2 anos de trabalho na empresa, atingem o teto do cargo que é de apenas R$ 935,00.
Agora responda: dá para ficar sem fazer nada? Claro que não! Para resolver esse ataque da Mabe precisamos nos organizar e lutar.