Moção de solidariedade ao MST
Nós metalúrgicos de Campinas e região, reunidos em assembleia da Campanha Salarial no dia 6, declaramos nossa solidariedade aos companheiros do MST que foram violentamente agredidos pela polícia do governo do estado de São Paulo e do governo do Paraná, com a invasão da sua escola de formação.
Repudiamos a tentativa de criminalização dos movimentos sociais e sindicatos em curso em nosso país, que envolve toda a estrutura do estado capitalista, executivo, legislativo e judiciário.
Texto da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
Na manhã do dia 4, o Capital através de seu Estado realizou mais uma ação contra a luta dos traballhadores, iniciando um processo de perseguição aos militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST.
Estão realizando prisões no Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo. A violência do estado se impôs também na Escola Nacional Florestan Fernandes, onde a PM na manha invadiu com suas armãs na mão atirando conm armas letais contra os trabalhadores.
A mesma Polícia que reprime diariamente as manifestações nas fábricas e nas ruas contra os ataques dos patrões e do governo aos direitos da classe trabalhadora.
Quando não são as balas e bombas, o Judiciário entra em cena com seus interditos proibitórios para tentar impedir as greves e os legítimos piquetes. E com a aprovação da Lei 12.850, proposta ainda no governo Dilma/PT tentam enquadrar como organização criminosa, as organizações dos trabalhadores e dos movimentos sociais.
Exemplo dessa ação contra os que lutam está em curso no estado de Goiás, onde o Judiciário decretou prisão preventiva de quatro militantes do MST, baseado na Lei 12.850. Seu crime? Nenhum. São trabalhadores que lutam pela terra e em algumas regiões têm enfrentando os interesses do agronegócio.
Com base na lei 12.850/2013, diferente do enquadramento de formação de quadrilha acusação que vários juízes já tentaram impor aos movimentos sociais, como MST e que até então não tinha sido acatada pelos Tribunais Superiores, a Organização Criminosa pressupõe a teoria do Domínio dos Fatos, ou seja, colocando o Movimento como organização criminosa, qualquer militante pode ser acusado em qualquer inquérito.
É o Estado avançando com seu braço armado e seu Judiciário contra a luta da classe trabalhadora. E nossa resposta a mais esse ataque é solidariedade ativa e a ampliação de nossas lutas.
Toda à solidariedade aos companheiros do MST!
Abaixo a Repressão aos Trabalhadores!
Contra a invasão de seus instrumentos de luta!
Pela libertação Imediata dos trabalhadores rurais sem terra!