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Metalúrgicos participam do 12° Grito dos Excluídos

Os metalúrgicos participaram em massa do 12° Grito dos Excluídos, neste 7 de setembro. Com o lema Brasil: na força da indignação, sementes de transformação, o ato reuniu cerca de 5 mil manifestantes.


Depois da tradicional concentração no Largo do Pará, a caminhada pela Francisco Glicério levou faixas e cartazes de reivindicações e de protestos. Além do nosso Sindicato, outros sindicatos e diversos movimentos sociais e populares também participaram do Grito.


MANIFESTO DO GRITO DOS EXCLUÍDOS – 2006


BRASIL: NA FORÇA DA INDIGNAÇÃO, SEMENTES DE TRANSFORMAÇÃO


Somos um país que há décadas vive um processo de crescente exclusão social. Para a maioria de nosso povo trabalhador falta emprego, moradia, educação e saúde.  Muitos de nossos jovens, mulheres, homens e crianças ficam pelas ruas das grandes cidades em busca de algo que possa garantir sua sobrevivência.


A situação política e econômica de nosso país trouxe frustração e apatia ao povo brasileiro, mas o sonho de construir um projeto popular alternativo continua vivo na mente e no coração da maioria.


Este sonho simbolizado na semente se materializa nas milhares de iniciativas populares que têm se multiplicado por todo o Brasil. Continuamos de pé na busca coletiva de transformação, na esperança da construção de uma nação livre e soberana.


Por isto, no dia 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, a Igreja católica e as Igrejas cristãs, os diferentes credos religiosos e os movimentos sociais se manifestam e denunciam as condições de pobreza,  de violência e de exploração, em que está submetida a imensa maioria do povo brasileiro.


Exigimos dos nossos governantes a implementação de mudanças profundas que possam por fim à atual situação de exclusão. Mudanças nos poderes executivos, legislativos e judiciário, de maneira que os recursos públicos possam ser destinados para a melhoria das condições de  vida do povo e do país, só assim poderemos construir  um nação  soberana.


Por isto gritamos:


Contra esta política econômica que privilegia banqueiros e capitais especulativos e que traz desemprego no campo e na cidade


Contra a reforma sindical e trabalhista que tira direitos legitimamente conquistados pelos trabalhadores


Contra a corrupção e pela ética na política


Contra a concentração da terra, da renda e dos meios de comunicação e de produção


Contra a ALCA, a OMC (Organização Mundial do Comércio), a Dívida, a militarização e as guerras promovidas pelos EUA


Contra a criminalização dos movimentos sociais, desde os quilombos, as ligas camponesas, os sem-teto e sem-terra


Contra a violência aos idosos e aos portadores de deficiência


Contra todo tipo de violência e opressão à mulher


Contra o racismo, a intolerância religiosa, a homofobia e todo o tipo de discriminação e preconceito



Acreditamos que um outro Brasil é possível, para isto QUEREMOS:


– Por um país soberano, democrático, autônomo, que seja resultado da vontade e da participação popular


– Uma política externa soberana, baseada nos princípios da justiça e da solidariedade


– Trabalho e emprego para nosso povo, em especial a nossa juventude


– Reforma agrária e urbana já e sob o controle dos trabalhadores do campo e da cidade


– Fim da violência e da impunidade contra os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade


– Saúde e educação públicas, gratuitas e de qualidade pra todos


– Pela autonomia dos movimentos sociais e populares


– Respeito e o direito de as pessoas decidirem sobre sua orientação sexual
 
– Por políticas públicas para a população em situação de rua

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