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Mabe: trabalhadores seguem acampados na planta de Campinas

Audiência no MPT e reunião com advogados terminam sem avanço. Em Hortolândia, acampamento começa hoje

 Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (9), os trabalhadores e trabalhadores na Mabe Campinas reafirmaram a decisão de continuar sem produzir enquanto a empresa não se manifestar sobre a situação deles na fábrica. Eles também aprovaram a continuidade do acampamento no portão de saída de caminhões, iniciado após o fechamento e a demissão dos 1.300 companheiros da fábrica de Itu, na quinta-feira passada.

Em Hortolândia, os companheiros também realizaram uma assembleia nesta manhã, e, além de refirmar a mobilização, decidiram montar um acampamento para impedir a retirada de máquinas e equipamentos, e de caminhões com mercadorias, já que o depósito fica no local.

Os trabalhadores, juntamente com o Sindicato, estão organizados em defesa do emprego, dos salários e dos direitos, e vão manter a mobilização para impedir a retirada de máquinas e equipamentos da planta.

Trabalhadores devem seguir orientações somente do Sindicato

Companheiros e companheiras, desde o fechamento da fábrica de Itu a empresa seguiu sem prestar nenhum esclarecimento aos seus trabalhadores. Porém, é possível que agora todos comecem a receber telefonemas e telegramas da empresa, orientando os trabalhadores a retornar ao trabalho.

Portanto, somente o Sindicato, que já participou de audiência de conciliação no MPT e de reunião com os advogados contratados pela Mabe, e que está em contato com trabalhadores de diversas plantas da Mabe pelo Brasil e exterior, tem toda condição de prestar esclarecimentos e de tomar decisões conjuntas com os trabalhadores.

Em Itu, Mabe diz não ter dinheiro para pagar salários

Segundo o sindicato de Itu, a Mabe informou que não tem dinheiro para pagar as verbas rescisórias dos trabalhadores.

Para piorar, esse mesmo sindicato, que, em vez de mobilizar a categoria se limitou a assistir o fechamento da fábrica e lamentar a demissão em massa, orientou os trabalhadores a entrar com ações trabalhistas individuais na justiça, para requererem seus direitos.

No Recife, a empresa deu férias coletivas aos trabalhadores.

No Canadá, fechou uma planta.

E, na Argentina, onde os trabalhadores estão em campanha salarial, está usando as notícias de fechamento de fábricas no Brasil, para pressionar os trabalhadores a aceitarem acordos reduzidos.

 

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