Mabe: resistência dos trabalhadores barrou os ataques dos patrões

Resistência dos trabalhadores barrou os ataques da empresa

Mobilização vitoriosa nas plantas de Campinas e Hortolândia garantiu empregos, salários e direitos para todos

Depois de fechar a fábrica de Itu no dia 4 de maio, demitindo 1,3 mil trabalhadores e sem pagar um centavo sequer dos direitos trabalhistas, a Mabe tentou aplicar o mesmo golpe nas plantas de Campinas e Hortolândia, mas não conseguiu.

A Mabe, que ocupa o terceiro lugar no ranking do segmento de linha branca, produzindo 11 mil fogões e 2,8 mil refrigeradores por dia só na nossa região, não tinha nenhum motivo para demitir em massa e fechar as plantas de Campinas e Hortolândia.

Ainda mais, num momento de crescimento de produção e de vendas de linha branca, altamente incentivadas pelo governo que manteve a desoneração do IPI e ainda ampliou o crédito para compra de eletrodomésticos através da política de habitação, o pedido de recuperação judicial nas duas plantas causou estranheza.

Por isso, nosso Sindicato, que desde o início entendeu o golpe que a Mabe estava armando para aumentar a exploração sobre os trabalhadores, e, consequentemente, os seus lucros, agiu prontamente. A fábrica parou e um acampamento foi imediatamente montado na portaria de caminhões para evitar que a empresa retirasse mercadorias, e, principalmente, máquinas e equipamentos para produzir em outro lugar. O campamento dos trabalhadores, durou 47 dias e noites, e contou, inclusive, com a solidariedade de familiares.

Graças à resistência, organização e luta dos companheiros, e à postura firme do Sindicato que durante as reuniões de negociação e audiências no Ministério Público do Trabalho jamais aceitou qualquer proposta da empresa que reduzisse ou retirasse direitos dos trabalhadores, conseguimos barrar esse ataque da Mabe na nossa região.