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Líder indígena conquista vitória histórica na Bolívia

Com o apoio de movimentos sociais, grupos indígenas e sindicatos de plantadores de coca, o candidato a presidente Evo Morales conquistou uma vitória histórica nas eleições gerais realizadas neste domingo na Bolívia.

As projeções divulgadas pela imprensa boliviana, a partir de resultados extra-oficiais da votação, indicam que Morales obteve mais de 50% dos votos e será o novo presidente da Bolívia, a partir de 22 de janeiro. As informações são de que o candidato do MAS (Movimento Ao Socialismo) conseguiu 51% dos votos, contra 30% do ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, da aliança conservadora Podemos (Poder Democrático e Social).

Os resultados oficiais ainda vão demorar para sair, mas, pouco depois do anúncio das primeiras projeções de que Morales conseguiria a maioria absoluta, Quiroga reconheceu a derrota em um pronunciamento em La Paz.

“A partir de amanhã, ou do próximo ano, começa a nova história da Bolívia, uma história em que se busca igualdade, justiça, paz”, disse o líder cocaleiro. “Apostamos nessa mudança que o povo boliviano espera.”

De acordo com a legislação boliviana, se nenhum dos oito candidatos conseguisse 50% e mais um dos votos válidos, o Congresso escolheria o presidente entre os dois mais votados.

Se isso acontecesse, a decisão seria tomada apenas em janeiro, quando os 130 deputados e 27 senadores eleitos neste domingo assumem seus cargos.

Agora, se as projeções da imprensa boliviana de que Morales teve a maioria absoluta dos votos se confirmarem, o novo Congresso vai apenas formalizar a vitória do candidato do MAS, que deve assumir o cargo em 22 de janeiro.

Antes mesmo do anúncio das projeções sobre o resultado final, as pesquisas de boca-de-urna já indicavam que Morales conseguiria uma votação histórica – a maior de um candidato à Presidência da Bolívia desde 1982, quando o país voltou a ter um governo de civis após mais de dez anos de regime militar.

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