Justiça autoriza quebra de sigilo de ex-diretor de Furnas
A Polícia Federal obteve, com autorização da Justiça Federal do Rio, a quebra dos sigilos fiscal e telefônico do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo.
Na análise dos dados, os investigadores buscam verificar se existem vínculos entre o executivo e empresas que mantêm contratos com a estatal.
Ainda em fase inicial nesta linha de investigação, a PF pretende esperar a CGU (Controladoria Geral da União) concluir auditoria nos contratos. Como resultado desse trabalho, é possível que surjam indícios de irregularidades.
Nas informações fiscais e telefônicas de Toledo, a PF também procura eventuais vínculos entre ele e um conjunto de empresas apontadas como participantes de um esquema de arrecadação de um caixa dois de R$ 40 milhões na estatal destinado a 156 políticos.
O suposto esquema está descrito em uma lista, de autenticidade não comprovada, que o lobista Nilton Monteiro entregou à PF. Monteiro diz que o autor da lista é Toledo. Ele nega.
Conforme a lista, o dinheiro teria sido conseguido “por intermédio de Furnas, entre colaboradores, fornecedores, prestadores de serviços, construtoras, bancos, fundos de pensão, corretoras de valores e seguradoras”.