Honda: acordo prorrogado garante estabilidade aos trabalhadores até dezembro
Em reunião com o Sindicato, na quarta-feira, dia 20, a empresa prorrogou a estabilidade dos trabalhadores, anteriormente definida em 60 dias, para até 31 de dezembro deste ano.
Em assembleia, no dia 21, os trabalhadores aprovaram a proposta do acordo, além do pagamento da PLR no valor de R$ 6.500,00.
A luta dos trabalhadores fez com que a Honda assinasse acordo garantindo o nível de emprego até dezembro de 2011.
Dessa forma, cerca de 800 companheiros e companheiras que seriam demitidos, estão em licença remunerada até dezembro de 2011.
Agora, com a prorrogação do acordo, todos os trabalhadores têm estabilidade até dezembro.
Neste período, segundo a empresa, terá sido restabelecido o problema da falta de peças que vem do Japão.
A resistência dos trabalhadores da Honda, junto com o Sindicato, foi mais um exemplo de que mobilização garante a manutenção de direitos.
Diferente do que acontece em outros sindicatos, que em situações semelhantes, aceitam banco de horas, lay off e outras formas de retirada de direitos.
Entenda o caso das demissões na Honda
A greve dos trabalhadores começou quando a empresa anunciou que reduziria a produção de 600 para 300 carros por dia, por falta de peças que são produzidas no Japão, cuja produção foi afetada pelo terremoto naquele país.
Com o anúncio de 1270 demissões, os trabalhadores entraram em greve, que durou uma semana, mesmo com o anúncio da empresa de licença remunerada pelo período de duas semanas, para tentar intimidar a luta dos trabalhadores.
Neste período, começaram as demissões por telegrama, contestadas na justiça pelo Sindicato e mesmo com a licença remunerada, a Honda não conseguiu impedir a greve e foi obrigada a parar as demissões de mais de 800 companheiros.
Para os demitidos por telegrama, foi garantido a extensão do convênio médico por 6 meses, a cesta básica, por 3 e uma compensação financeira de até R$9.500,00, além das verbas rescisórias e licença remunerada para 800 trabalhadores até dezembro e agora, também a estabilidade para todos os trabalhadores.