Greves no Complexo Maxion trouxeram avanços nas conquistas
A Campanha Salarial terminou, mas a luta por questões específicas nas empresas deve ser permanente.
Conscientes disso, os trabalhadores do Complexo Maxion Hewitt, MGE e Pasqualetti, cujas plantas funcionam dentro do Complexo Maxion, em Hortolândia, decidiram cruzar os braços na última semana para pressionar os patrões a atenderem suas reivindicações.
Na MGE, a greve iniciada no dia 21, durou cinco dias, e avançou em todos os pontos da pauta:
PCS: será implementada a partir de 15/11 nos mesmos moldes da política da Amsted Maxion, e terá progressão automática na função, isto é, sem avaliação da chefia.
Com a PCS, o trabalhador alcançará o teto em 51 meses (4 anos e 3 meses).
Além disso, haverá enquadramento nas funções com ajustes dos salários, sendo que em alguns casos, os salários serão elevados entre 30% e 44%.
Redução de jornada de 44 horas para 42 horas semanais: será rediscutida com a empresa a partir de 15 de janeiro de 2011.
Moradia coletiva: haverá reforma no imóvel e troca dos móveis até o dia 30/11/2010.
Estabilidade: será de 83 dias a partir do retorno ao trabalho. Ou seja, até 15/01/2011.
Com isso, os 35 trabalhadores contratados por tempo determinado, que se encerraria dentro desse prazo, serão efetivados.
Na Pasqualetti, a greve iniciada no dia 26, durou 4 dias e conquistou:
Redução de jornada de 44 horas para 42 horas semanais: a partir de janeiro/2011, haverá redução de 30 minutos a cada seis meses;
Concessão de cesta básica: a partir de dezembro/2010;
PCS: enquadramento nas funções, de acordo com a nomenclatura e o nível de capacitação.
Na Hewitt, a greve iniciada no dia 21 já dura 14 dias.
Os trabalhadores querem redução da jornada de trabalho de 44 horas para 42 horas semanais.
Também reivindicam a implementação imediata da Política de Cargos e Salários, já que muitos estão na função há mais de 5 anos sem reajuste.
A empresa pediu um prazo até fevereiro de 2011 para implementar a PCS, mas os trabalhadores rejeitaram a proposta e decidiram manter a greve.