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Em Defesa do Emprego, Salário e Direitos: ato reúne mais de mil trabalhadores na Fiesp, em SP

Cerca de mil trabalhadores fizeram ato em defesa do emprego, do salário e dos direitos, na tarde da quinta-feira (12/02), em frente à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em SP.

Além dos metalúrgicos de Campinas, Limeira, Santos e São José dos Campos e regiões e de entidades como a Intersindical e a Conlutas, a manifestação, que teve concentração às 14h no vão do MASP, passeata pela Av. Paulista e ato em frente à Fiesp, contou com a participação de trabalhadores de diversas categorias como sapateiros, vidreiros, químicos e radialistas, e trabalhadores sem-terra, sem-teto e desempregados da capital e do interior.

Os manifestantes também distribuíram um Carta Aberta à população denunciando a tentativa por parte dos patrões e governo de reeditar o pacto social, uma medida em que os trabalhadores entram com a cabeça e os patrões com a guilhotina.

Com o objetivo de resistir à lógica da flexibilização, orquestrada pelos empresários e entoada por diversos sindicatos e centrais sindicais, os metalúrgicos e metalúrgicas de Campinas, Limeira, Santos e São José dos Campos vão ampliar as manifestações contra as demissões e as tentativas dos patrões de flexibilizar jornada de trabalho e reduzir salários e direitos.

Golpe sobre a classe trabalhadora
Nos últimos dias, a mídia noticiou a retomada da produção de veículos e o crescimento de 92,7% sobre o dezembro de 2008. Mas, mesmo saindo da crise e retomando os lucros, os patrões continuam querendo reduzir salários e flexibilizar direitos.
O Estado também está tomando medidas para atacar os trabalhadores, como a proposta de complementação salarial que utiliza o saque de verbas do FGTS, onde o trabalhador paga duas vezes pela crise que não gerou.

Os patrões vão nos ouvir
Os patrões (empresários e banqueiros) só ouvem os trabalhadores quando as máquinas silenciam. Por isso, nosso próximo passo será reforçar a conscientização dos trabalhadores no chão da fábrica contra as propostas patronais, e promover paralisações e atraso nas produções das empresas, em todo o país. Além do fechamento de estradas para impedir a plena circulação de mercadorias.

Estas manifestações serão a construção para um grande dia nacional de luta, no próximo 1º de abril.

Não geramos a crise e não vamos pagar por ela. Por isso, nossa luta continua:
– Nenhuma redução dos direitos;
– Fim das demissões e readmissão imediata dos demitidos;
– Redução da jornada sem redução dos salários;
– Contra o banco de horas e flexibilização da jornada;
– Contra a suspensão dos contratos de trabalho;
– Emissão de Decreto Lei do Governo Federal garantindo ao trabalhador a estabilidade no emprego;
– Não pagamento das dívidas externa e interna;
– Reforma urbana e agrária, para a criação de empregos e melhores condições de vida à população.



 


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