Em assembléia, trabalhadores decidem continuar mobilizações
Durante a assembléia de mobilização da Campanha Salarial, realizada no domingo, dia 22, os metalúrgicos decidiram continuar as mobilizações nas portas das fábricas, intensificando a luta para pressionar os patrões por reajuste salariais e avanços nas cláusulas das Convenções Coletivas
Durante toda a semana passada houve paralisação dos trabalhadores, atrasando a produção em 30 minutos em várias fábricas da região: Bosch, Samsung, Costech, Dell, Mabe, CAF, Tornomatic, Villares Metals, KS Pistões, Carthom’s, Mann-Hummel Agritech/ Yanmar ,Tecvidro.
A economia está bombando e é hora de arrancar o que é nosso. As horas extras e assédio rolam soltas, enquanto os patrões lucram e ficam mais ricos.
Os trabalhadores estão sendo massacrados dentro e fora das fábricas.
De janeiro a julho, a fabricação de veículos cresceu 18,3%, foram produzidos 2,07 milhões de unidades.
As vendas aumentaram 8,5%, somando 1,882 milhão de veículos. As exportações no setor cresceram 65,9%, totalizando mais de R$ 12 bilhões.
No setor de eletroeletrônicos, o faturamento cresceu 12,34%. E a indústria de máquinas e equipamentos cresceu 13,2%, faturando R$ 33,9 bilhões.
Sem luta não há conquistas
Desde a entrega da nossa pauta, há 30 dias, houve várias reuniões de negociação com os sindicatos patronais, mas até agora eles não propuseram nada.
Apesar dos lucros, não apresentaram nenhuma proposta sequer aos trabalhadores.
Ou seja, companheiros, não dá pra ficar trabalhando, produzindo a riqueza e esperando o resultado das negociações.
Precisamos colocar nosso bloco na rua. Cruzar os braços e silenciar as máquinas.
Precisamos parar a produção para que os patrões nos ouçam e atendam nossas reivindicações.
Se não for assim, não vamos avançar nem conquistar nada.
É sempre bom lembrar que na Campanha passada, o resultado do enfrentamento dos mais de 35 mil metalúrgicos da nossa região foram reajustes superiores às propostas patronais e aos acordos fechados em outras bases sindicais.
Conquistamos reajustes salariais de até 10% e avanços nas cláusulas sociais, inclusive nas específicas das mulheres, que envolve toda a família do trabalhador.
Portanto, o que vai garantir as nossas conquistas será a nossa luta travada no chão da fábrica, ou seja, a paralisação da produção.