Domingo, 16/09 às 9h30, tem Assembleia Geral
Desde a entrega da pauta, no mês passado, houve várias reuniões de negociação com os patrões, que insistem na choradeira e em propostas que mal cobrem as perdas que tivemos com a inflação, que corroeu nosso poder de compra no último ano.
Além do reajuste rebaixado, os patrões também estão se recusando a discutir as cláusulas sociais, que garantem direitos à categoria, como a organização no local de trabalho; a redução da jornada sem redução salarial; a ampliação do direito à creche; e a implantação de política de cargos e salários. Ou seja, apesar do crescimento recorde de produção e de vendas, os patrões não querem discutir nada.
Por isso, em assembleia geral realizada no dia 2 de setembro, os trabalhadores aprovaram estado de greve e decidiram intensificar a organização e a luta no chão de fábrica.
Enquanto os patrões estão lucrando, os trabalhadores estão se endividando
A produção está em alta. E, na maior parte das empresas, os patrões estão investindo em novas máquinas, aumentando o ritmo produtivo e as horas extras, e fazendo novas contratações.
O governo continua ajudando, com a desoneração da folha de pagamento; redução da alíquota de energia elétrica; prorrogação da redução e isenção de IPI; e empréstimos a juros baixíssimos, via BNDES.
E essa combinação, de exploração no chão da fábrica e financiamento com dinheiro público, fez de 2011 o melhor ano da história do setor automobilístico. Sem contar que o setor de eletroeletrônicos também faturou R$ 138,1 bilhões, 11% a mais que em 2010.
Do outro lado, estão os trabalhadores cada vez mais endividados: pelo menos 25% dos trabalhadores têm dívidas muito altas e a inadimplência também segue batendo recordes.
Portanto, companheiro e companheira, mais uma vez, frente à intransigência dos patrões que só querem acumular, resta apenas uma saída: vamos nos unir, organizar e lutar no interior da fábrica. Só assim, garantiremos melhores salários e mais direitos para todos.
Confira as propostas patronais, rejeitadas pelo Sindicato na mesa de negociação:
Montadoras (Honda, Toyota e Mercedes-Benz): INPC + 2% de ganho real
Sindimaq e Sinaees (Samsung, Dell, Foxconn, Mabe, Gevisa): 4,5%
Sicetel (Maxion, CAF, Villares): 5% de reajuste nos salários e no piso salarial
Fundição (Fundituba, Fupresa): INPC
Autopeças (Bosch, BorgWarner, Eaton, KS, Valeo, Wabco): INPC