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Dissídio da Honda: Sindicato concorda com proposta do TRT

Empresa recusou proposta do Tribunal e julgamento ainda não tem data marcada. Trabalhador terá de continuar esperando pelo reajuste e abono da data-base

Os trabalhadores e trabalhadoras na Honda seguem sem definição e sem receber o reajuste salarial com ganho real e o abono salarial referentes à data-base, que ocorre em 1º de setembro.

Isso porque a Honda entrou com uma ação declaratória na Vara do Trabalho de Sumaré, pedindo a anulação da assembleia dos trabalhadores, onde foi rejeitado o reajuste de 6,07% + R$ 3 mil, índice que repunha apenas a inflação do período, sem incorporar qualquer ganho real nos salários.

Os trabalhadores em assembleia, que já tinham rejeitado a proposta da Honda, juntamente com o Sindicato, entraram com um pedido de dissídio coletivo, no TRT de Campinas. O dissídio coletivo foi pedido em 28/11 e a audiência de conciliação ocorreu na tarde desta terça-feira (11/02). Foram apresentadas as seguintes propostas, às quais não houve acordo:

Pelo Sindicato: 9% de reajuste salarial + abono de R$ 3.800,00

Pela Honda:6,07% de reajuste salarial, já concedidos a partir de 01/09/2013 + abono de R$ 3.000,00, exceto aos supervisores e acima

Diante da discordância das partes, o Desembargador Presidente , à vista de reajustes semelhantes da categoria e em decorrência das perdas com inflação no período entre uma data-base e outra, propôs:

8% de reajuste salarial + abono de R$ 3.240,00

O Sindicato concordou com a proposta, mas a Honda rejeitou e insiste em manter sua proposta inicial.

Além do ponto referente ao reajuste salarial, o qual não houve acordo entre as partes, Sindicato e a empresa concordaram nos pontos:

-manutenção da data-base em 01/09

-manutenção das cláusulas do acordo coletivo anterior, com as modificações das cláusulas referentes à licença paternidade; prevenção do câncer; garantia de emprego à gestante; e controle de jornada.

O resultado da audiência de conciliação será integralmente apresentado amanhã (12/02) aos trabalhadores na Honda, em assembleias nas entradas dos turnos.

O julgamento pelo TRT não tem data marcada.

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