Dia 20, ato em São José em defesa dos direitos e da organização dos trabalhadores
Desde janeiro, os operários da GM de São José dos Campos resistem bravamente a mais uma ofensiva do capital. A empresa anunciou à população 600 contratações, mas condicionadas à implementação do banco de horas, à redução do piso salarial, ao congelamento de salários de um setor da produção e ao turno de 6×2.
A GM só não disse que em 2006 demitiu 980 trabalhadores, nem que os empregos serão por prazo determinado de 1 ano.
A prefeitura (PSDB) ofereceu à GM isenção de IPTU e redução de ISS, mas a GM diz que só levará o emprego se conseguir implementar as medidas contra os trabalhadores.
Apesar das pressões das chefias e da direção, nas assembléias, os operários votaram contra a proposta de redução de direitos.
Direitos conquistados com muita luta
Há mais de 10 anos os metalúrgicos de Campinas, Limeira e São José dos Campos lutam contra a implementação do banco de horas, que coloca a vida do trabalhador à mercê da empresa, aumentando o risco de acidentes e de doenças provocadas pelo trabalho.
Lutam também contra sindicatos da CUT e Força Sindical que assinaram acordos com proposta como essa da GM e entregaram direitos como estabilidade até à aposentadoria às vitimas de acidentes e de doenças provocadas pelo trabalho, além da redução de direitos nos acordos coletivos.
Mesmo diminuindo o valor da força de trabalho, as empresas continuaram com as demissões, como a Volks que demitiu, reduziu salários e impôs o banco de horas.
Nos últimos dias, a Volks e o sindicato de Taubaté assinaram mais um acordo que inclui a PLR 2008 condicionada ao trabalho em 36 sábados. Contra isso é preciso avançar na unidade da classe para manter e ampliar direitos.
Pela livre organização sindical
A Embraer, com o apoio do Estado, impõe ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José uma multa de R$ 5 milhões por causa de um interdito proibitório de panfletagem, assembléia e mobilização realizadas na empresa, em 1999.
Aos que não se renderam ao pacto entre o capital e o Estado, chamamos a mais essa luta.
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