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Crise faz inadimplência crescer 24% em Campinas

Em Campinas, de janeiro à primeira quinzena de junho de 2009, a inadimplência no comércio aumentou 23,9% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Com esse aumento recorde, houve 81.563 carnês não pagos a mais de trinta dias contra 65.834 no ano passado.
No Brasil, a inadimplência acumulou alta de 11,45% de janeiro a maio de 2009, sendo as compras de bens duráveis, como móveis e eletrodomésticos, que têm o prazo de pagamento mais extenso, as mais atingidas.
Segundo economistas ligados à Confederação Nacional dos Dirigentes Logistas, a alta da inadimplência se deve ao desemprego causado pela crise, desde outubro passado. Para eles, os números do comércio só devem voltar ao patamar de antes da crise daqui a pelo menos dois anos.

Mais prejuízo ao trabalhador
O crescimento da inadimplência, na prática, significa mais prejuízos causados pela crise dos patrões e empurrados para cima do trabalhador.
Além de dificultar o consumo das famílias e o crédito nas vendas a prazo, a inadimplência também atinge pequenas e médias empresas que apresentam queda na produção, originando queda na arrecadação dos impostos e, consequentemente, corte no orçamento público, como a retirada de dinheiro da saúde e da educação públicas, por exemplo.
Com o trabalhador contando cada vez menos com os serviços públicos, vai tendo seu salário cada vez mais achatado. Ou seja, é mais uma engrenagem da crise causada pelos patrões a esmagar a classe trabalhadora.


 

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