Crise econômica aumentou a desigualdade social
A crise econômica gerada pelo capital, ou seja, pelos patrões e governos, cujas conseqüências a classe trabalhadora tem sentido drasticamente no dia a dia, inevitavelmente provocou outro efeito negativo: o aumento da desigualdade social no Brasil.
Um estudo da Fundação Getúlio Vargas, baseado nos salários medidos pelo IBGE, divulgado em 8 de abril, mostra que a crise criada pelos patrões e governo e que gerou demissões em massa e a precarização das relações e das condições de trabalho, também fez com que trajetória da desigualdade social mudasse de sentido.
A taxa da desigualdade, medida pelo Índice de Gini, que estava em queda desde o início da década, a partir de outubro de 2008 começou a subir novamente. Estava em 0,61 em 2003, chegou a 0,56 em 2008 e já subiu para 0,57 em fevereiro de 2009.
Trabalhadores não vão pagar pela crise
Segundo o estudo, o risco de trabalhadores das classes A, B e C cairem para patamares mais baixos, ou seja, de sentir ainda mais o efeito devastador da crise, aumentou de 2% (em setembro e dezembro de 2008) para 12% desde janeiro de 2009.
No caso dos trabalhadores da indústria, a chance de deixarem as classes A, B ou C subiu de 2,7% para 4,1%, com a crise.
O estudo considerou como classe AB quem tem renda domiciliar total acima de R$ 4.807; na C quem tem renda entre R$ 1.115 e R$ 4.807; na D, entre R$ 804 e R$ 1.115; e na E, quem tem renda de até R$ 804.
É preciso resistir e lutar!
Em época de crise, a atenção dos trabalhadores sobre seus direitos e a luta por emprego e melhores salários e condições de trabalho devem ser redobradas. E, nesse caso, consciência de classe, organização dentro e fora do local do trabalho e capacidade de mobilização são ferramentas fundamentais nesse processo de luta.
Por isso, apoiar o trabalho dos cipeiros comprometidos com a luta dos trabalhadores e participar das atividades promovidas pelo Sindicato, como assembléias, debates, atos e manifestações em defesa dos direitos e interesses da classe trabalhadora fazem uma grande diferença na disputa com os patrões e os governos.
Portanto, à luta companheiros!