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Contra terceirização, metalúrgicos protestam na Honda e paralisam produção na Toyota e Mercedes-Benz

Nesta quarta-feira (15), o dia foi marcado por mobilizações contra a terceirização e o PL 4330/04, que permite a terceirização de todos os setores.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e região realizou assembleias nas montadoras Honda, em Sumaré; Toyota, em Indaiatuba; e Mercedes Benz, em Campinas.

Na Honda, que emprega cerca de 3.400 trabalhadores, houve atraso na produção.

Na Toyota, que emprega cerca de 2.100, e na Mercedes-Benz, cerca de 1.500 (entre efetivos e terceirizados), os companheiros aprovaram a paralisação de 24 horas.

Sindicato e Intersindical, para além do PL 4330/04, querem o fim da terceirização, que já precariza ainda mais as relações e as condições de trabalho

Ao contrário do falso discurso de geração de emprego, depois das MPs 664 e 665, que restringiram o acesso dos trabalhadores ao seguro desemprego, pensão por morte, auxílio doença e PIS, a aprovação do projeto é outro grande ataque sobre a classe trabalhadora, pois com a terceirização liberada a precarização vai tomar conta das relações e das condições de trabalho.

Para os empresários, será garantia do aumento da margem de lucros, uma vez que os salários nas terceirizadas são 24% mais baixos, segundo o Dieese.

E também uma aliada nas tentativas de dificultar a organização dos trabalhadores no local de trabalho e junto aos sindicatos, já que a maioria dos sindicatos que representam esses companheiros são filiados à Força Sindical, central criada nos anos 1990 para fazer a conciliação de classes, defendendo os interesses patronais.

Por outro lado, os prejuízos causados aos trabalhadores pela terceirização são inúmeros e vão do rebaixamento salarial e redução de direitos ao aumento da jornada e do risco de acidentes e mortes causados pelo trabalho, uma vez que os trabalhadores nas empresas terceirizadas ocupam os piores postos de trabalho.

 

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