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Casos de discriminação e homofobia são relatados pelo CRGLTTB

A cada dois dias um homossexual é assassinado no Brasil, vítima da homofobia, segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB). Esses números colocam o Brasil numa posição de líder mundial em assassinatos contra homossexuais. Levando-se em conta que nem todas as vítimas fazem denúncia, esse número pode ser bem maior.


Esse ano, no mês de agosto três homossexuais foram agredidos por dez homens na região Central de Campinas. Segundo o Centro de Referência de Gays, Lésbicas, Travestis, Transexuais e Bissexuais (CRGLTTB), da Prefeitura de Campinas, entre janeiro e dezembro de 2006, 56 casos foram relatados. No ano anterior, 2005 foram 68 denúncias.


Mas, embora o número de denúncias tenha diminuído de um ano para outro, não significa que a violência e a discriminação praticadas contra gays, lésbicas, travestis, transexuais e bissexuais tenha diminuído. Significa apenas que as vítimas não fazem as denúncias. Essa violência ocorre em todas as regiões de Campinas, principalmente no Centro, que responde por 32,1% dos relatos.


No dia 8 de novembro, o CRGLTTB apresentou um estudo que foi baseado em relatos feitos pela internet, pelo Disque-Defesa Homossexual ou mesmo pessoalmente, de vítimas já que sofreram algum tipo de violência ou discriminação, no Salão Vermelho da Prefeitura de Campinas.


Esses dados foram apresentados com o objetivo de alertar a sociedade sobre essa situação de discriminação e homofobia, e também para discutir uma política de enfrentamento e estratégias para combater essa violência.


O CRGLTTB alerta à população que sempre faça denúncia em caso de discriminação. Na maioria das queixas de violência que foram reportadas à entidade foi possível localizar o agressor, e em contato direito, ou por meio de correspondência, ele foi informado sobre a existência de leis municipais e estaduais que punem atos discriminatórios.


Sindicato apóia a luta contra todas as formas de violência e discriminação


São muitos os trabalhadores e trabalhadoras que ao assumirem sua sexualidade passam a ser discriminados e perseguidos nos locais de trabalho.


E como as bandeiras levantadas pelo nosso Sindicato sempre foram além das trabalhistas, uma das várias resoluções tiradas no 9º Congresso, foi a continuidade das lutas contra as formas de discriminação dirigidas àqueles que têm o direito de afirmarem livremente sua opção ou orientação sexual.


Para denunciar


Disque-Defesa homossexual: 0800-771-8765 (sua identidade será mantida em sigilo), procure o CRGLTTB ou uma Delegacia de Polícia.

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