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Brasileiras indicadas ao Nobel são tema de livro

Está sendo lançado o livro “Brasileiras Guerreiras da Paz”pela editora Contexto, que traz os perfis e fotos de mulheres de todo o Brasil, que por sua atuação militante foram sugeridas ao Prêmio Nobel da Paz, tradicionalmente concedido a personalidades masculinas.

As 52 mulheres perfiladas no livro são atuantes no campo, na academia, nas aldeias indígenas, nos quilombos, nas grandes cidades, nas periferias, no planalto central. São mulheres de 30 a 90 anos de idade: ativistas, anti-racistas, políticas, ambientalistas, escritoras, artistas, feministas, sociólogas, cientistas, advogadas, médicas, ialorixás, lideranças indígenas.

Projeto Mil Mulheres

O livro teve origem a partir do Projeto Mil Mulheres, uma iniciativa de ativistas suíças que propuseram o nome de 1000 mulheres de 154 países para concorrer coletivamente ao Nobel da Paz de 2005. Ao Brasil, coube indicar 52 mulheres, proporcional à sua população. O Nobel da Paz não foi dado às 1000 Mulheres, mas surgiu, assim, o livro “Brasileiras Guerreiras da Paz”.

As jornalistas Carla Rodrigues, Fernanda Pompeu e Patrícia Negrão entrevistaram e biografaram cada uma delas. Há nomes conhecidos da mídia e do grande público, mas a maioria é anônima. Entre elas, a escritora e membro da Academia Brasileira de Letras Ana Maria Machado, a educadora acreana Concita Maia, que atua na imensidão da floresta amazôniaca, Fátima Oliveira, presidente da maior rede feminista de saúde do país e a atriz Zezé Motta, fundadora do Centro de Informação e Documentação do Artista Negro.

Vejam quem são as 52 brasileiras guerreiras da paz:
 
Albertina Duarte Takiuti – médica ginecologista (São Paulo)

Alzira Rufino – ativista feminista e anti-racista (São Paulo)

Ana Maria Machado – escritora (Rio de Janeiro)

Ana Montenegro – advogada e ativista política (Bahia)

Benedita Da Silva – líder política (Rio de Janeiro)

Concita Maia – educadora e feminista (Acre)

Creuza Maria Oliveira – líder das trabalhadoras domésticas e sindicalista (Bahia)

Eliane Potiguara – líder indígena (Rio de Janeiro)

Elizabeth Teixeira – líder camponesa (Paraíba)

Elza Berquó – demógrafa (São Paulo)


Elzita Santa Cruz Oliveira – ativista (Pernambuco)

Eva Alterman Blay – pesquisadora e professora universitária (São Paulo)

Fátima Oliveira – médica e ativista feminista (Minas Gerais)

Givânia Maria Da Silva – ativista e vereadora (Pernambuco)

Heleieth Saffioti – socióloga e professora (São Paulo)

Helena Greco -ativista política (Minas Gerais)

Heloneida Studart – escritora e deputada estadual (Rio de Janeiro)

Jacqueline Pitanguy – socióloga e cientista política (Rio de Janeiro)

Joênia Baptista De Carvalho – advogada e liderança indígena (Roraima)

Jurema Batista – ativista anti-racista e deputada estadual (RJ)

Lair Guerra De Macedo – infectologista e gestora pública (Brasília)

Leila Linhares Barsted – advogada e ativista feminista (Rio de Janeiro)

Lenira Maria De Carvalho – líder das trabalhadoras domésticas (Pernambuco)

Luci Teresinha Choinacki – deputada federal (Santa Catarina)

Luiza Erundina De Souza – líder política e deputada federal (São Paulo)

Mãe Hilda – ialorixá (Bahia)

Mãe Stella – ialorixá (Bahia)

Maninha Xukuru – líder indígena, (Alagoas)

Mara Régia Di Perna – radialista e comunicadora social, (Brasília)

Margarida Genevois – ativista pelos direitos humanas (São Paulo)

Maria Amélia De Almeida Teles – ativista feminista e de direitos humanos (S. Paulo)

Maria Berenice Dias – desembargadora (Rio Grande do Sul)

Maria José De Oliveira Araújo – médica e ativista feminista (Brasília)

Maria José Rosado Nunes – ativista feminista e professora universitária (São Paulo)

Marina Silva – Ministra do Meio Ambiente (Brasília)

Mayana Zatz – cientista (São Paulo)

Moema Libera Viezzer – socióloga e educadora popular (Paraná)

Niède Guidon – arqueóloga (Piauí)

Nilza Iraci – ativista feminista e anti-racista (São Paulo)

Procópia Dos Santos Rosa – líder quilombola calunga (Goiás)

Raimunda Gomes Da Silva – líder camponesa (Tocantins)

Rose Marie Murazo – escritora e ativista feminista (Rio de Janeiro)

Ruth De Souza – atriz (Rio de Janeiro)

Schuma Schumaher – ativista feminista e pedagoga (Rio de Janeiro)

Silvia Pimentel – advogada e professora universitária (São Paulo)

Sueli Pereira Pini – juíza de direito (Amapá)

Therezinha De Godoy Zerbini – advogada e ativista política (São Paulo)


Vanete Almeida – ativista do campo (Pernambuco)

Zenilda Maria De Araújo – líder indígena (Pernambuco)

Zezé Motta – atriz (Rio de Janeiro)

Zilda Arns Neumann – médica e gestora social (Paraná)

Zuleika Alembert – ativista política e feminista (Rio de Janeiro)
 


 

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