Notícias

Bosch tenta impedir paralisação dos trabalhadores

Desde 2008, a Bosch se aproveitou da crise para deixar estabelecido seu novo padrão de relacionamento com os trabalhadores, que está se configurando diferente do restante da categoria.


É uma relação truculenta, intransigente e ainda por cima com o aparato do Estado, como PMs, constantemente interferindo e impedindo assembléias com os trabalhadores na porta da fábrica.


E pior: desqualificando o papel do Sindicato impedindo o direito constitucional dos dirigentes sindicais de abordarem e se reunirem com os trabalhadores.


E foi exatamente isso o que aconteceu nesta sexta-feira, quando os trabalhadores iam continuar a paralisação, iniciada no 2º turno da quinta-feira!


Durante o período do auge da crise, a Bosch tentou reduzir os salários e ainda demitiu mais de 1.000 trabalhadores com salários entre R$ 8,00 e R$ 10,00 a hora, e depois contratou novos para a mesma função, com a mesma capacidade profissional, recebendo R$ 4,74 a hora, achatando ainda mais a massa salarial.



Durante a Campanha Salarial, utilizando a mesma postura truculenta, não fechou o acordo salarial com os trabalhadores, mesmo depois de 1 dia de paralisação e quis manter até o fim, a proposta do sindicato patronal, o Sindipeças, de 6,53% de reajuste, mesmo com a maioria das empresas do mesmo grupo, tendo fechado acordos bem superiores a esta proposta.


Só depois de muita pressão dos trabalhadores e do Sindicato, a empresa acabou fechando os 8% de reajuste, porém não assinou a Convenção Coletiva.


E mesmo agora, depois da retomada de produção, essa política de intransigência continua tomando conta das negociações, como por exemplo, a PLR.


A Bosch uma super potência, não só em volume de produção no mundo, como também á a principal do Brasil nesse ramo, que produz além de auto peças, ferramentas. 


E agora, para fazer a base de cálculo no pagamento da PLR, a Bosch quer se utilizar do montante da produção referente ao ano de 2009, ano da crise.


Quando na verdade, o correto seria utilizar o ano de 2008 e a previsão e 2010!


Confira a PLR paga por algumas empresas da região:


Mercedes Benz R$ 8.000,00 – aprovada em assembléia


Benteler R$ 4.300,00 – aprovada em assembléia


Amsted Maxion R$ 5.000,00 + 1 hora de redução da jornada a partir de agosto/2010 – aprovada em assembléia


Wabco R$ 3.700,00 – reprovada em assembléia


Gevisa R$ 4.000,00 – reprovada em assembléia



 

Jornal da Categoria