Assembléia geral discutiu crise. Nossa estratégia será a luta
Em nossa assembléia de domingo, 30/11, discutimos a crise econômica mundial. O Sindicato convidou os economistas Jason Borba e Nicolau Pompeo, ambos do Departamento de Economia da PUC São Paulo, para explicar os fatores que originaram a crise e as suas conseqüências para a classe trabalhadora, especialmente a brasileira.
Como os patrões e o governo reagem
Os Patrões já estão arranjando formas de garantir seus lucros demitindo trabalhadores, e o governo ao invés de investir recursos em serviços públicos como saúde e educação, já que com o aumento do desemprego a maior parte da população terá de recorrer a eles, anuncia cortes de verbas do orçamento público e o repasse de dinheiro público para salvar bancos e empresas. E tudo isso sem, sequer, pedir em troca a garantia dos empregos dos trabalhados. Ou seja, se não reagirmos, perderemos por todos os lados.
Os economistas também explicaram que é possível que, como nos anos 90, o patronato venha de novo com aquela historinha de que falta estudo aos trabalhadores, que o trabalhador perde o emprego porque não está qualificado, e por aí vai.
Os patrões também vão vir com tudo (e para isso vão contar com o apoio de algumas centrais sindicais) para tentar empurrar a implementação do banco de horas, que reduz os salários, em troca da manutenção dos empregos, o que é uma farsa, basta ver o que aconteceu na Volks, em São Bernardo, onde flexibilizaram para depois demitir.
Além disso, certamente, os patrões tentarão retirar direitos que conquistamos com muita luta, como plano de saúde e alimentação. Dessa forma, quem tem plano de saúde poderá ficar sem e quem não paga, passará a pagar.
A estratégia dos trabalhadores
Aos trabalhadores, que têm sua força de trabalho cada vez mais explorada pelos capitalistas, restam a consciência política, a disposição de luta, a organização e a mobilização. Ou seja, a luta. Para tanto, é preciso que fiquemos atentos aos desdobramentos da crise, às manifestações da classe trabalhadora pelo mundo, e, mesmo fora da fábrica, fiquemos atentos ao que ocorre lá dentro. Da mesma forma, é importantíssima a nossa participação às atividades sindicais, como assembléias e plenárias.
O Sindicato está preparando um jornal de oito páginas que mostra uma retrospectiva das nossas lutas em 2008 e também que traz uma perspectiva do ano que teremos em 2009 e quais as frentes de atuação. Fique de olho!