Assembléia Geral dia 30/11: vamos debater a crise e definir a nossa luta
Não podemos pagar o pato!
A crise econômica que, há alguns meses, já havia gerado milhões de demissões na Europa, Japão e Estados Unidos, agora atinge todas as empresas em nosso país, e não é só uma “marolinha”, como disse o presidente Lula, é um tsunami que vai gerar milhões de desempregados.
Por aqui, a situação é ainda mais grave, já que a proteção ao desempregado, diferente dos países europeus, se restringe a 3 a 5 parcelas de seguro desemprego extremamente rebaixadas e todos os indicativos da economia apontam para uma crise prolongada.
A situação dos desempregados devia ser o eixo principal da atuação do governo prevendo medidas compensatórias como isenção de impostos das tarifas de água e luz e seguro desemprego prolongado.
Ao invés disso, segundo o exemplo de outros países, sai em socorro aos bancos e empresas, que bateram recordes de produtividade e lucro.
O Banco do Brasil e a CEF estão autorizados a comprar instituições financeiras falidas. O BB comprou 49% das ações do Banco Votorantim e a CEF pode comprar ações até mesmo de empresas da construção civil.
As empresas se beneficiarão com a redução dos tributos cobrados sobre a folha de pagamento, criação de linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e com a elevação da alíquota do Imposto de Importação para até 35%, a fim de dificultar a concorrência dos importados. Aos trabalhadores sobrará queda nos salários, desemprego e retirada de direitos trabalhistas.
Ao mesmo tempo anuncia cortes no orçamento público que também afetarão a vida da classe trabalhadora nas áreas da saúde e educação, que são setores onde deveria haver nesses momentos, um investimento maior, já que serão mais alguns milhões de pessoas que dependerão dos já sucateados e superlotados postos de saúde e hospitais públicos.
Portanto, para discutir este assunto tão importante e juntos encontrarmos formas de resistir às demissões e aos ataques aos nossos direitos, venha para a Assembléia Geral e convença seus companheiros a fazerem o mesmo.