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Aposentados acumulam perdas de 42,89%

Os aposentados brasileiros, que recebem acima de um salário mínimo, têm amargdo uma condição de miséria, que se aprofunda a cada ano.

Ao considerarmos as séries históricas de reajustes para o salário mínimo e reajuste para os aposentados que recebem acima de um salário mínimo, os números mostram que, em 10 anos, as perdas acumuladas atingiram 42,89%.

São os trabalhadores, da ativa e os aposentados, pagando a conta da crise econômica

Portanto, o recente reajuste de 7,7% concedido aos aposentados, através de medida provisória, na realidade só faz aprofundar ainda mais as perdas dos trabalhadores.

Enquanto isso, o discurso oficial, reproduzido pela grande imprensa, continua apresentando o falso déficit previdenciário.

Porém, o que a mídia não diz é que a dívida pública bruta já atinge a cifra de aproximadamente US$ 2 trilhões. E também não diz que em outubro/2010, o Tesouro Nacional tinha emprestados às instituições financeiras federais R$ 145 bilhões (R$129 bilhões ao BNDES e R$ 16 bilhões à Caixa Econômica Federal), quando a média histórica no período entre 2000 e 2007 tinha sido de R$ 12 bilhões.

Como sabemos, o BNDES vem contando com generosos aportes de capitais para “salvar” as empresas que especularam na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e que usaram parte desses empréstimos para, em nome da grave crise econômica internacional, demitir trabalhadores. Ou seja, o governo tem sido extremamente generoso com as empresas, alegando a manutenção dos empregos, mas tem sido completamente ausente em relação à recuperação das perdas crescentes dos trabalhadores.

Assim, não são as aposentadorias que preocupam o governo e sim conter o endividamento, que pode chegar a 70% do PIB. E, para isso, o governo aplica outro golpe nos trabalhadores, principalmente sobre os aposentados: o Crédito Consignado, com altas taxas de juros, que tem servido como complementação dos salários no orçamento doméstico.

Portanto, companheiros e companheiras, não temos outra saída a não ser a luta em defesa da Previdência e das aposentadorias. Com o Sindicato e a Intersindical, vamos fortalecer nossa luta por nenhum direito a menos; avançar nas conquistas!

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