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1º de maio: dia de luta da classe trabalhadora! Confira a nossa programação e participe!

Manifesto – 1º de Maio


Neste 1º de Maio de 2011, trabalhadoras e trabalhadores voltam a manifestar sua indignação contra o sistema capitalista que oprime e explora de forma desumana as pessoas que dependem unicamente de sua força de trabalho para sobreviver.


Por todo o mundo, milhões de trabalhadores continuam protestando e resistindo às ações dos capitalistas, sempre em busca do aumento de seus lucros, e de seus governos, que tentam arrochar salários e reduzir direitos trabalhistas e previdenciários.


Ao mesmo tempo, organizações de esquerda lutam contra as políticas de perseguição a estrangeiros, impostas pelos governos europeus e dos EUA, e lutam contra as investidas militares do imperialismo, que além de manter a ocupação no Iraque e no Afeganistão, agora afiam suas garras contra a Líbia.


Além dos líbios e dos egípcios, os povos de Tunísia, Argélia, Marrocos, Jordânia, Iêmen e Bahrein também se erguem contra os governos autoritários e antipopulares, exigindo democracia e reformas sociais. Reafirmamos a nossa solidariedade às lutas da classe trabalhadora por todo o planeta, bem como o princípio da autodeterminação dos povos, em repúdio a qualquer agressão imperialista.


No Brasil, a classe trabalhadora retoma com vigor a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução salarial, como instrumento de resistência à super exploração dos patrões e como alternativa à criação de mais postos de trabalho. As organizações sindicais combativas denunciam a continuidade do trabalho precarizado e das terceirizações, do trabalho escravo, e da rotatividade de mão de obra. No caso dos servidores públicos municipais, estaduais e federais, temos observado um processo de achatamento dos vencimentos e piora das condições de trabalho, o que tende a ser agravado com os anunciados cortes orçamentários.
A reforma agrária continua estagnada, pelos sucessivos cortes de verbas do Governo Federal neste setor e o pelo não comprometimento do Governo do Estado de São Paulo, tendo ocorrido ainda um aumento da concentração de propriedade da terra no Brasil, e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e demais organizações da luta no campo continuam sendo alvo de ataques da direita, em especial pelas tentativas de criminalização de suas ações pela atuação das polícias, ministério público e judiciário.


As duras condições de vida dos trabalhadores se refletem, por outro lado, no agravamento da situação da saúde no mundo do trabalho, e além da rapinagem patronal enfrentamos também uma política deliberada do INSS de negar os benefícios previdenciários resultantes de acidentes e doenças do trabalho, como forma de reduzir seus gastos.


A privatização dos serviços públicos ainda é uma grave ameaça à garantia do atendimento das necessidades da população em áreas essenciais como saúde, educação, cultura, esporte, assistência, dentre outras. Em Campinas, a mobilização popular derrotou a tentativa do Governo Municipal em entregar estas áreas para Organizações Sociais (OSs), mas não podemos ficar tranqüilos, pois essa proposta absurda pode voltar. E o Governo do Estado de São Paulo foi ainda mais longe: além de já ter entregado 20 hospitais à administração de OSs, aprovou uma lei que permite a venda de 25% dos leitos dos hospitais públicos às empresas de saúde privada. E nos somamos às grandes mobilizações preparadas para o próximo período, contra a Medida Provisória nº 520, que institui a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.


O recente reajuste das tarifas do transporte coletivo urbano acima dos índices inflacionários é outra face desta negação dos direitos à população, pois acaba por ser um limitador – ou impedimento – ao direito à mobilidade urbana. 


O Brasil assiste ainda a um recrudescimento da homofobia, do racismo e do machismo, muitas vezes sob inspiração do fascismo e do fundamentalismo religioso, seja pelo aumento de agressões e mortes de LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), bem como da violência contra a mulher e contra negros/as, e as respostas das autoridades públicas municipais, estaduais e federais são insuficientes. Da mesma forma, a pouca efetividade das políticas públicas mantém ao abandono as pessoas da terceira idade, crianças e adolescentes, com deficiência, e boa parte das populações mais vulneráveis.


A criminalização dos movimentos sociais e de quem luta por seus direitos continua, e se por um lado comemoramos a absolvição do companheiro Gegê, militante do movimento pela moradia de São Paulo que estava sendo injustamente processado, nos indignamos com a prisão e o processo movido contra 13 militantes que protestavam contra a visita de Obama ao Brasil, bem como as perseguições às/aos trabalhadores da Unicamp injustamente processados por fazerem greves e mobilizações em defesa de seus direitos. Exigimos que cessem todos estes processos e a revogação da Lei de Segurança Nacional, uma excrescência que não poderia continuar em vigor num país que se pretende democrático.


Não há democracia de fato sem que se enfrentem os monopólios dos meios de comunicação, algo que permanece no Brasil mesmo depois de mais de 20 anos da Constituição de 1988. Reivindicamos a mudança desse quadro, e defendemos os direitos de funcionamento das rádios comunitárias. Por todas essas razões, estamos mais uma vez nas ruas e nas praças de todo o Brasil, reafirmando nosso compromisso de lutar por um Brasil mais justo, pelas reivindicações históricas da classe trabalhadora e do povo oprimido, e por uma sociedade socialista.


Programação


8:30h – Concentração no Largo do Pará e depois passeata até a Catedral


9:30h – Missa do Trabalhador na Catedral


10:30h – Ato Político  

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