Toyota está PROIBIDA de retirar ou transferir máquinas da planta de Indaiatuba
Por decisão judicial da Vara do Trabalho de Indaiatuba, publicada na sexta-feira (19), a Toyota terá que se abster de “DESMONTAR, RETIRAR ou TRANSFERIR QUALQUER MÁQUINA, de qualquer um de seu setor ou estabelecimento fabril na cidade de Indaiatuba, mantendo intacto o ambiente laboral, sob pena de multa diária de R$ 500.000,00, até reestabelecimento do local de trabalho conforme se verifica atualmente”.
A juíza do Trabalho, Alzeni Aparecida de Oliveira Furlan, assim como o Sindicato entendeu que ao desmontar a fábrica e eliminar postos de trabalho antes de fechar negociar com o Sindicato promoveria uma desigualdade entre empresa e trabalhadores, tirando deles possibilidades de ganhos na negociação.
“(…) deverão sentar-se à mesa, para busca de solução da situação minimamente satisfatória, que possa atender aos interesses da demandada (Toyota), mas também, e sobretudo, ao interesse dos trabalhadores, que se dedicaram ao longo de muitos anos para trazer a demandada (Toyota), o prestígio de que goza hoje.
Em atendimento ao pedido de Medida Cautelar requerido pelo Sindicato, a juíza determinou que três representantes sindicais, três representantes da empresa e dois oficiais de Justiça façam um levantamento/inventário, inclusive fotográfico, dos maquinários existentes hoje na fábrica de Indaiatuba.
E que se necessário, caso a Toyota crie alguma dificuldade ou embaraço, os oficiais de Justiça acionem a Polícia Militar para acompanhar o processo de levantamento dentro da fábrica.
Toyota tentou revogar Medida Cautelar, mas Justiça manteve decisão
A empresa, alegando incompetência da primeira instância da Justiça do Trabalho, até tentou a “reconsideração e revogação da medida cautelar”, mas a juíza, lembrou a Toyota de que ela havia assumido compromisso perante o TRT-15ª de que:
“A transferência da planta fabril de Indaiatuba para Sorocaba deverá ocorrer de forma gradativa, em três etapas: setembro/2025, março e junho/2026.”
E ainda chamou a atenção de que o início da transferência neste mês de abril afrontou esse compromisso.
Seguimos na luta pela melhora do pacote de salários e benefícios.
Firme!