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Prática antissindical na Embraer endurece durante greve: dirigente e militante foram presos na PF

Depois de rejeitarem a proposta de 4,06% de reajuste salarial e de redução de direitos, os metalúrgicos da Embraer, em São José dos Campos, aprovaram o comunicado de greve e a deflagraram, no dia 3.
Até às 9h, a produção foi totalmente paralisada, mas a greve que seria por tempo indeterminado foi suspensa pela forte intimidação e assédio realizados pela direção da empresa, que contou com policiais militares para forçarem a entrada dos trabalhadores na fábrica.
À tarde, a repressão piorou e a PM que deslocou dez viaturas para a portaria da Embraer levou um diretor do Sindicato e um militante do movimento popular para delegacia da Polícia Federal. Lá, eles ficaram mais de uma hora mantidos trancados nas viaturas.

Lutar é um direito, não um crime!

As centrais sindicais e diversos movimentos sindicais e populares se mobilizaram divulgando notas, pedindo a libertação dos presos na greve. Passadas 24 horas, foram soltos por decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
O Sindicato e a CSP-Conlutas continuarão a campanha para que não haja nenhum tipo de penalização judicial aos ativistas, bem como contra a criminalização da luta da classe trabalhadora.

Patrões só querem saber dos lucros

A Embraer está entre as maiores fabricantes de aviões do mundo e possui cerca de 9 mil trabalhadores em São José dos Campos, sendo 5 mil da produção. Apesar disso, a última Convenção assinada pela empresa foi em 2017.

De lá para cá a Embraer vem impondo condições para fechar acordo, como reduzir a estabilidade no emprego para trabalhadores vítimas de doença ou acidente relacionado ao trabalho.

 

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