Trabalhadores aprovam Comunicado de Greve
Agora é intensificar a mobilização nas fábricas para garantir o aumento real de salário e renovação integral da CCT
Em Assembleia Geral realizada no domingo (8), os metalúrgicos e metalúrgicas aprovaram o Comunicado de Greve para todos os segmentos, indicando que não vão aceitar reajustes salariais só com o INPC (4,06%) como foi apresentado pela maioria dos sindicatos patronais.
As lutas nas fábricas, portanto, serão intensificadas a partir da próxima semana por aumento real nos salários e renovação integral da Convenção.
Negociações encerradas nos Grupos 2 e 3 (Sindipeças; Sindimaq e Sinaees) e Sindicel
Os sindicatos patronais das empresas de autopeças, máquinas e de eletroeletrônicos e o Sindicel insistem em contra pautas que visam reduzir/retirar direitos das Convenções Coletivas. Por isso, o Sindicato já encerrou as negociações com esses Grupos.
Com a aprovação do Comunicado de Greve as mobilizações nas fábricas desses segmentos, que estão há 8 anos sem Convenção, serão mais incisivas e vão buscar acordos por empresa ou por grupos de empresa, como ocorreu nos anos anteriores.
Confira o que estes sindicatos patronais querem empurrar aos trabalhadores
- Grupo 3 (Sindipeças)
Reajuste salarial: 4,06% (INPC)
Piso: o mesmo de 2015 (até 100 trabalhadores: R$ 1.441,00 /Acima de 100 trabalhadores: R$1.913,00
CCT:
Alterar a cláusula da estabilidade até a aposentadoria em caso de acidente/doença relacionados ao trabalho, exigindo B-91, B-94 e certificado do INSS + a Lei 8.213/91, que impõe proporcionalidade ao tempo de trabalho na empresa. Com isso, a estabilidade será reduzida para no máximo 48 meses, já incluídos os 12 meses garantidos por lei
– Reduzir o Adicional Noturno de 30% para 25%
– Impor a semana de 7 dias corridos com o DSR apenas uma vez por mês, após 3 domingos trabalhados
– Reduzir o valor da Hora Extra: de 50% para 40% de segunda-feira a sábado e de 100% para 75% de domingos, feriados e dias já compensados
- Grupo 2 (Máquinas e Eletroeletrônicos) + Sindicel
– Reduzir o Adicional Noturno de 50% para 35%
– Alterar a cláusula da estabilidade até a aposentadoria em caso de acidente/doença relacionados ao trabalho, exigindo B-91, B-94 e certificado do INSS + a Lei 8.213/91, que impõe proporcionalidade ao tempo de trabalho na empresa. Com isso, a estabilidade será reduzida para no máximo 24 meses, já incluídos os 12 meses garantidos por lei
– Retirar a cláusula da Política de Cargos e Salários, do DSR, da Cipa e da prevenção de acidentes com prensas.
– Retirar a cláusula que proíbe terceirização na produção e a homologação no Sindicato