CRIMES PATROCINADOS POR AQUELES QUE QUEREM QUE A TERRA E A AMAZÔNIA SEJAM O QUINTAL DO AGRO, DA GRILAGEM, DA DESTRUIÇÃO Trabalhador rural, dirigente do MST no TO e indígena no MS são assassinados na mesma semana de dezembro

Raimundo Nonato Silva Oliveira, conhecido como Cacheado, era da direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), durante anos dedicou sua vida à luta pela reforma agrária e no dia 13 de dezembro foi mais uma vítima daqueles que odeiam a luta dos trabalhadores por terra para morar, plantar e gerar alimento.

Ele foi assassinado na madrugada do dia 13 de dezembro enquanto dormia, na cidade de Araguatins no Tocantins.

Cacheado já tinha sido alvo de ameaças em outros momentos, sofreu um atentado e teve que sair da região em que morava para proteger sua vida.

Na mesma semana, no dia 15, a indígena Guarani, Estela Vera foi assassinada em Japorã, no Mato Grosso do Sul.

A líder guarani, há tempos vinha denunciando as ameaças a Terra Yvy Katu, um território tradicional retomado entre 2003 e 2013 e que sempre foi ameaçado por fazendeiros.

Os assassinos invadiram a casa de Estela disparam vários tiros contra ela e crianças que estavam no local, vários tiros atingiram a cabeça da líder guarani que há tempos denunciava o ataque daqueles que querem dizimar os territórios indígenas.

São crimes cometidos por aqueles que nos últimos 4 anos se sentiram livres para matar e ter a garantia da impunidade e dessa forma os crimes contra trabalhadores rurais e indígenas foram potencializados sob o governo Bolsonaro.

São crimes cometidos por aqueles que nesses últimos anos intensificaram a devastação da Amazônia e de terras que poderiam ser destinadas para o devido uso social.

Só indignação não basta, é preciso exigir punição a quem matou e a quem mandou matar, é preciso exigir do próximo governo investigação e responsabilização dos mandantes desses crimes e proteção aos trabalhadores rurais e as comunidades indígenas que seguem sendo as guardiãs da Amazônia.