Nao adianta reformar, é preciso revogar
2 de dezembro de 2022
NÃO ADIANTA REFORMAR, É PRECISO REVOGAR
A Intersindical- Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora não tem acordo com a posição das demais centrais sindicais de revisar apenas alguns pontos da reforma trabalhista
Nessa semana veículos de imprensa divulgaram a reunião que Lula, presidente eleito realizou com várias centrais sindicais em Brasília, na relação divulgada de Organizações presentes há o nome da Intersindical- Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, o que não ocorreu, pois não participamos desse encontro.
Estivemos presentes em todas as ações de unidade para fortalecer a mobilização contra os ataques de Temer/MDB como, a ampliação da terceirização e a imposição da reforma trabalhista, estivemos em todos os enfrentamentos contra todos os ataques do governo Bolsonaro e na luta para derrotá-lo e estaremos em unidade de ação em todas as iniciativas que sejam para exigir os direitos retirados da classe trabalhadora.
Mas, na reunião que aconteceu com Lula nesse início de dezembro as centrais sindicais presentes apresentaram uma proposta de revisão de apenas alguns itens da reforma trabalhista, tendo como um dos pontos principais o financiamento sindical.
Não há nada na reforma trabalhista que possa ser sustentando como benéfico para os trabalhadores: as jornadas de trabalho pioraram, os salários foram arrochados e com o fim da ultratividade imposto pela reforma direitos garantidos através de muita luta foram dizimados.
A combinação da reforma trabalhista imposta por Temer e da reforma da Previdência de Bolsonaro em 2019, ambas apoiadas pela maioria do Congresso Nacional pioraram a vida da classe trabalhadora; o desemprego se mantém, as condições de trabalho pioraram e o direito legítimo à aposentadoria ficou praticamente impossível de ser alcançado.
Não participaremos dos fóruns em que objetivo seja apenas revisar pontos de reformas que trazem em seu DNA a destruição de direitos.
Seguimos em todas as iniciativas que potencializem as lutas nos locais de trabalho e nas ruas junto à classe trabalhadora para retomar os direitos que nos foram arrancados.
Foi isso que moveu milhões no Brasil a derrotar Bolsonaro nas urnas, agora é hora de lutar para exigir os direitos que nos foram retirados.