Valeo: protesto dos trabalhadores busca ganho real e garantia de direitos para todos
Nesta quarta-feira (30), em assembleia realizada no primeiro turno, os trabalhadores na Valeo paralisaram integralmente a produção para forçar a empresa a assinar o Acordo Coletivo de Trabalho relativo à data-base, que ocorreu em setembro.
A Valeo, seguindo o Sindipeças, apenas repassou 8,83% de reajuste salarial, correspondente ao INPC, deixando os trabalhadores sem ganho real no salário, sem correção do vale cesta e sem a Convenção Coletiva, que garante diversos direitos como Piso, Adicional Noturno, Auxílio Creche, DSR aos domingos, terceirização restrita, entre outros. Todos conquistados com muita luta dos trabalhadores ao longo de décadas.
Além da reivindicação do ganho real nos salários, reajuste do vale cesta e da assinatura das cláusulas da Convenção via Acordo Coletivo de Trabalho, os trabalhadores também reivindicam a suspensão da implementação da jornada 12 X 36 para suprir as demandas. O que a Valeo pretende ao implementar a jornada 12 X 36 nas chamadas linhas de gargalo é manter a produção ininterrupta sem precisar pagar horas extras, principalmente aos domingos e feriados, que são acrescidas de 100%.
À tarde, os trabalhadores no segundo turno também aderiram ao protesto, mantendo a produção parada.
A empresa se manifestou pedindo um tempo para responder aos trabalhadores.
À noite, haverá nova assembleia com o pessoal do terceiro turno.
Sobre a empresa
A Valeo é uma empresa produtora de autopeças, pertence ao Grupo 3 (Sindipeças). Está instalada em Campinas e emprega cerca de 1.100 trabalhadores.