NÃO FOI GREVE, FOI LOCAUTE PATRONAL NÃO FOI MANIFESTAÇÃO ESPONTÂNEA, FOI TENTATIVA DE GOLPE DOS QUE NÃO ACEITAM A DECISÃO TOMADA PELA MAIORIA DA POPULAÇÃO
Punição aos que patrocinaram e foram coniventes com o atentado às liberdades democráticas e sigamos fortalecendo a luta para garantir a pauta da classe trabalhadora
Os bloqueios em rodovias do Brasil e os pedidos de golpe militar realizados em frente aos quartéis logo após a vitória de Lula/PT nas eleições gerais foram uma ação orquestrada pela corja do governo derrotado de Bolsonaro.
Foram financiados por setores do Capital, como vários empresários do agronegócio, comércio e serviços, os mesmos que junto à Bolsonaro são saudosos da ditadura militar e desejavam muito um novo golpe no Brasil.
São muitos os relatos de trabalhadores que foram coagidos pelos patrões a irem para os bloqueios nas rodovias, outros foram enganados pelos faltos pastores neopentecostais que mentiram descaradamente ao dizer que daqui para frente evangélicos seriam proibidos de professarem sua fé.
O que ocorreu nos últimos três dias mostrou novamente a pequena burguesia capacho do Capital que saiu às ruas em 2013 para tomar de assalto as manifestações espontâneas de estudantes e trabalhadores e impor sua pauta de aprofundamento dos ataques à classe trabalhadora.
São indivíduos carregados de ódio, racistas, homofóbicos, amantes do nazismo, como vimos em Santa Catarina quando cantam o hino nacional fazendo a horrível e criminosa saudação nazista.
Durante essas ações criminosas nas rodovias e em frente aos quartéis pode-se ver de forma escancarada o braço armado do Estado apoiar tais ações, seja a Polícia Rodoviária Federal, como as Polícias Militares que PREVARICARAM e isso está para além das saudações e comemorações registradas em diversos lugares em que se viu militares junto a esses criminosos.
É o mesmo braço armado do Estado que matou dezenas de trabalhadores em Ipatinga/MG na década de 1960 a mando da Usiminas, é o mesmo braço armado que matou dezenas de trabalhadores rurais sem terra na década de 1990 no Pará, é o mesmo braço armado do Estado que reprime greves e manifestações populares, mata trabalhadores em luta, invade comunidades e favelas e mata jovens negros e pobres.
O genocida derrotado só se pronunciou 40 horas após o resultado das eleições, esperava que crescesse o motim criminoso, coisa que não aconteceu e no dia 02 de novembro viu que as ações criminosas que pediam intervenção militar foram bem aquém do que pretendia então foi para as redes sociais pedindo o desbloqueio das estradas numa tentativa de não ser responsabilizado por mais crimes cometidos durante essa semana.
Mais do que falas dos representantes do Judiciário e declarações da frente que se formou em torno da eleição de Lula é preciso agir de fato para que todos os empresários que financiaram essa tentativa de golpe, para que todos os agentes de segurança que foram coniventes e para Bolsonaro e seu entorno que por diversas vezes atentaram contra as liberdades democráticas sejam investigados e punidos pelos atos criminosos que cometeram.
Nos locais de trabalho, moradia, estudo e nas ruas é tarefa das Organizações de fato comprometidas com os trabalhadores enraizar a organização e ampliar a luta pela pauta da classe trabalhadora.
Firmes contra os ataques do Capital e de seus aliados na máquina estatal e paraestatal, aqui está a Intersindical para contribuir no avanço da luta e da consciência da classe trabalhadora.
FONTE: INTERSINDICAL – INSTRUMENTO DE LUTA E ORGANIZAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA