CRUELDADE E CRIME CONTRA UMA CRIANÇA
É isso que fez o homem que a estuprou, é isso que fez a juíza que tentou impedir a realização do aborto
No Brasil que tem no governo federal um misógino, que destruiu as políticas públicas de atendimento à saúde integral das mulheres, jovens e meninas, uma juíza de Santa Catarina se sentiu livre para violentar ainda mais uma criança de 11 anos vítima de estupro.
A menina foi estuprada no interior de Santa Catarina, a mãe procurou o atendimento no serviço público para realização do devido procedimento do aborto, a primeira violência veio por aqueles que no hospital exigiram uma autorização judicial para realização do procedimento quando sabiam que deveriam fazê-lo independente do tempo de gestação, pois a vida da menina estava em risco.
A segunda violação a esse direito básico de proteção à vida da criança veio da juíza Joana Ribeiro Zimmer, que contou com o apoio de outra mulher, uma promotora pública que além de tentar alienarem uma criança de 11 anos a manter uma gestação fruto de uma violência brutal, lhe arrancaram dos cuidados de sua mãe. A menina foi arrancada de casa e levada para um abrigo pela juíza com o apoio da promotora não para protegê-la, mas para impedir a realização do procedimento do aborto
Uma menina foi estuprada e além dessa brutal violência o estupro provocou uma gestação que colocava a vida dessa criança em risco e o que fez essa juíza encastelada nos privilégios de sua condição de classe e do cargo que ocupa no Judiciário? Cometeu mais um crime, tentando impedir a realização do aborto, procedimento necessário para proteger a vida da criança.
Essa juíza que hipocritamente se diz empenhada na defesa das crianças e adolescentes, logo depois que violentou ainda mais a vítima e denominou o estuprador como pai, dias depois desse ato foi promovida de cargo no Judiciário.
Essa brutalidade contra uma criança acontece dias depois do governo Bolsonaro através do Ministério da Saúde lançar uma cartilha tentando negar o direito a realização do aborto legal a vítimas de estupro, aconteceu na mesma semana em que o ex-ministro da Educação de Bolsonaro Milton Ribeiro, fervoroso defensor do fim do direito ao aborto foi preso por se utilizar de sua condição de Ministro de Estado para beneficiar pastores que se utilizam da fé alheia para se enriquecer com recursos públicos com o discurso hipócrita de defesa da vida e da família.
É isso que produz esse governo genocida: mais violência, brutalidade contra crianças e mulheres pobres, mais mortes contra quem luta por dignidade para viver.
Garantir o direito a realização do aborto é condição para proteger a vida da criança vítima de estupro, condenar a ação da juíza e da promotora é o mínimo para restabelecer direitos já garantidos, pôr fim a esse governo genocida é passo fundamental para proteger a vida daqueles que ele vomita seu ódio; mulheres, crianças, negros, indígenas, LGBT’S, ao conjunto da classe trabalhadora.
Uma luta contra a barbárie potencializada pelo capitalismo.
FONTE: INTERSINDICAL – INSTRUMENTO DE LUTA E ORGANIZAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA