O matadouro de Bolsonaro: sem isolamento social e sem vacina, Brasil chega a quase 3 mil mortes em 24 horas
GOVERNO QUER REDUZIR O VALOR DO SEGURO DESEMPREGO, DO FGTS, DO AUXÍLIO EMERGENCIAL E LIBERAR OS PATRÕES PARA REDUZIR SALÁRIOS E AMPLIAR AS DEMISSÕES
Fonte: Intersindical – Instrumento de luta e organização da classe trabalhadora
Ao mesmo tempo em que Bolsonaro segue tripudiando sob a dor de milhões que sofrem pelas mais de 280 mil vidas arrancadas, seu governo pretende lançar mais trabalhadores na mira da fome, é só enxergar para além da sua falsa propaganda o que significam as propostas do governo para:
SEGURO-DESEMPREGO: redução do valor das parcelas, ou seja, além da demissão, o trabalhador vai sofrer ainda mais para colocar comida em casa: hoje, quando o trabalhador é demitido ele recebe de três a cinco parcelas do seguro-desemprego com valores fixos, mas o governo quer reduzir em 10% esse valor. Pela proposta a cada parcela, o trabalhador terá uma redução de 10% no que deve receber chegando ao mínimo de R$1.100,00. Hoje a depender da faixa salarial, os valores das parcelas do seguro-desemprego vão e R$ 1.100,00 a R$ 1.911,84.
O escarnio desse governo contra os trabalhadores é tão grande que sua argumentação hipócrita para essa proposta absurda é a seguinte: “evitar que os trabalhadores procurem empregos sem registro em carteira para continuar a receberem o seguro desemprego”. Vejam o absurdo; é esse governo que estimula contratações irregulares, desde que assumiu busca fazer mais uma reforma trabalhista para impor formas de contratações em que direitos não sejam respeitados, é esse governo que estimulou aos patrões demitirem em massa logo depois que reduziram salários dos trabalhadores durante a pandemia. Portanto, quem joga cada vez mais, milhões na informalidade é esse governo da morte.
REDUÇÃO DA MULTA E DA ALÍQUOTA DO FGTS, MAIS DINHEIRO NO BOLSO DO PATRÃO, MAIS FOME PARA O TRABALHADOR: hoje quando o trabalhador é demitido, o patrão deve pagar uma multa de 40% sob o valor do FGTS, a proposta do governo é reduzir a multa para 20%. e reduzir a alíquota mensal do FGTS de 8 para 2% numa nova contratação.
A proposta do governo é garantir a farra dos patrões, veja: o patrão demite e pressiona o trabalhador a aceitar a redução da multa do FGTS que tem direito a receber, finge que está preocupado com a situação de quem foi demitido e encontra um outro patrão que ao contratá-lo ganhará de presente a redução do que tem que depositar mensalmente para FGTS, reduzindo alíquota de 8 para 2% durante 12 meses, sem dizer que a contratação certamente será com salário reduzido. O desrespeito do governo é tamanho contra os trabalhadores, que chega a chamar de “benefício” para o trabalhador receber 50% do que tem direito na primeira parcela seguro-desemprego durante seu aviso prévio. O trabalhador já vai perder na demissão metade da multa do FGTS e na nova contratação já começa perdendo no FGTS e nos salários.
REEDIÇÃO DA MP 936: MENOS SALÁRIOS, MAIS DEMISSÕES: a Medida Provisória 936 imposta pelo governo Bolsonaro logo no início da pandemia liberou os patrões a reduzir os salários dos trabalhadores em 25, 50 e 70%, além da suspensão dos contratos de trabalho em que o trabalhador fica sem pagamento do salário, apenas recebe o valor a que tem direito nas parcelas do seguro-desemprego.
A falsa propaganda do governo diz que as empresas só poderiam aderir a MP se garantissem estabilidade aos trabalhadores durante a redução de salários e suspensão de contratos e depois por igual período, mas não falam o que está na íntegra da MP: ela libera os patrões a demitirem mesmo durante a vigência da redução de salários e suspensão de contratos, bastando pagar uma multa de 50% sob o salário integral. Muitas empresas que se utilizaram da MP 936 durante 2020 demitiram trabalhadores que estavam com redução de salários e contratos suspensos.
Para aumentar seu requinte de crueldade, agora o ministro dos patrões, Paulo Guedes quer retirar dos recursos do FAT (Fundo do Amparo ao Trabalhador) a complementação a fazer nos salários dos trabalhadores. A intenção do governo é vincular as propostas de redução do valor do seguro-desemprego, da redução de multa e alíquota do FGTS a reedição da MP 936.
NÃO É AUXILIO EMERGENCIAL, É VIOLÊNCIA CONTRA QUEM NADA TEM: CHAMAR DE AUXÍLIO PARCELAS QUE VÃO DE R$ 150,00 À R$ 350,00: a Medida Provisória que será enviada pelo governo da morte restringe o número de pessoas que precisam do auxílio emergencial, reduz o número de parcelas a somente 4 e pretende pagar a esmola que vai de R$150,00 à R$350,00.
Para pessoas que se enquadram no que o governo está chamando de categoria “unipessoal” atendendo a apenas uma pessoa da família o valor do auxílio será de R$150,00, segundo pesquisas serão mais de 20 milhões de famílias que receberão o que equivale praticamente ao preço hoje do gás de cozinha.
Para as famílias que o governo caracteriza com mais de um integrante o auxílio será de R$250,00 e mulheres que respondem pelo sustento da casa e dos filhos o auxílio será de R$ 350,00. Se antes para essas trabalhadoras já foi difícil garantir o sustento com as parcelas de R$ 1200,00, o que piorou quando foi cortado à metade o que fazer agora com míseros R$350,00?
Todas as medidas desse governo têm um único objetivo: proteger os interesses do grande Capital, da burguesia que não parou de concentrar riqueza durante todo esse período de desgraça que atinge na maioria absoluta os mais pobres e o governo faz isso atacando direitos, salários, empregos da classe trabalhadora. Arrancando de milhões de mulheres e homens trabalhadores o devido auxílio emergencial, única garantia de sustento para seus filhos.
Por isso não é demais chamá-lo de genocida, não é demais dizer que seu governo arrasta grande parte de nossa classe para o matadouro, seja pelo vírus, seja pela fome.
Por tudo isso lutar para parar esse governo é lutar para acabar com a matança.
POR DIREITOS, SALÁRIOS E EMPREGOS
PELA VOLTA DO AUXÍLIO EMERGENCIAL DE NO MÍNIMO R$600,00
POR VACINAÇÃO JÁ E PARA TODOS
PELA SUSPENSÃO DE TODAS AS ATIVIDADES NÃO ESSENCIAIS NESSE MOMENTO DE PANDEMIA
FORA BOLSONARO: PARAR ESSE GOVERNO, PARA PARAR A MATANÇA