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Patrões e o governo Bolsonaro juntos no massacre contra os direitos da classe trabalhadora

No momento em que no Brasil mais de 250 mil vidas foram arrancadas, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) se aproveita da pandemia para atacar ainda mais direitos e o governo Bolsonaro lança seu pacote de privatizações começando pelos Correios e a Eletrobrás

A CNI, a confederação que representa as indústrias no país, se aproveita da pandemia para lucrar ainda mais apresentado várias propostas que tem por objetivo ampliar o arrocho salarial e retirar direitos dos trabalhadores. Veja:

– Querem a manutenção das Medidas Provisórias feitas pelo governo Bolsonaro que liberam os patrões a reduzir a jornada de trabalho com redução de salários, suspensão dos contratos de trabalho e a continuidade das demissões.

– Querem a ampliação das contratações temporárias e novas regras de contratação não respeitando direitos garantidos através de muita luta pelos trabalhadores. O objetivo dos patrões com isso é ampliar a terceirização, as demissões e em novas contratações não respeitarem o devido registro em carteira, os pisos salariais e direitos garantidos nas Convenções Coletivas de Trabalho.

– Querem a ampliação do banco de horas, ou seja, querem que os trabalhadores sejam obrigados a estender a jornada de trabalho nos picos de demanda da empresa, não terem suas horas extras pagas e ficarem à disposição da empresa a qualquer momento que forem chamados.

– Querem que os domingos e feriados sejam liberados como dia normal de trabalho para todas as atividades, ou seja é acabar com o pagamento das horas extras e o mais grave acabar com o tempo para devido descanso, ampliando a jornada de trabalho e o adoecimento.

Essas são algumas das propostas apresentadas pela CNI que também defende ampliar as privatizações, da mesma forma que o governo Bolsonaro, ou seja o objetivo dos patrões do governo da morte é exterminar direitos e acabar com os serviços públicos que atendem à população trabalhadora.

Nesse mesmo mês, o governo Bolsonaro levou ao Congresso Nacional seu programa de privatização começando por duas empresas estatais que são muito importantes ao atendimento da população trabalhadora: os Correios e a Eletrobrás.

A estatal dos Correios é responsável para além do envio de correspondências à população, também pelo de envio de insumos e demais equipamentos para serviços públicos de saúde, como de materiais escolares chegando aos mais distantes cantos do país. Se for privatizado, se transformará numa empresa que fará circular as mercadorias de interesse dos grupos privados, ou seja, a prioridade será o lucro e não que as correspondências cheguem às casas e além disso o transporte de materiais necessários para o atendimento na saúde e educação não será prioridade.

A Eletrobrás é a estatal responsável pela distribuição da energia elétrica no país, a ausência desse serviço público já mostrou que a consequência é o apagão que a população no Amapá viveu em 2020, onde a falta de energia provocada por uma empresa privada teve como consequência muito sofrimento, não era só a luz que faltava, faltava o devido funcionamento dos hospitais em plena pandemia, comida, o mais básico para sobrevivência.

Ou seja, o Capital e seu capacho governo se aproveitam de um dos momentos mais trágicos vividos nos últimos cem anos para avançar contra a classe trabalhadora e seus filhos.

Não são privilégios que estão sendo atacados, são direitos que o Capital tenta exterminar da classe trabalhadora e ao seu lado está esse governo miliciano e corrupto, (afundado na corrupção que dizia combater), que nega a gravidade da pandemia, que nega a ciência e a necessidade da vacina.

Portanto lutar contra as propostas dos patrões e do governo da morte de Bolsonaro que querem exterminar direitos e privatizar tudo para o Capital é lutar em defesa da vida.

CONTRA AS PRIVATIZAÇÕES E O FIM DOS DIREITOS É PRECISO LUTAR UMA LUTA EM DEFESA DA VIDA

Fonte: Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

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