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As pedras da desumanidade do governo do PSDB em São Paulo

Na capital do estado, enquanto milhares vagam nas ruas por não terem teto, o governo Covas coloca pedras embaixo dos viadutos para impedir abrigo

Já eram milhares antes da pandemia e o número só aumenta, seres humanos que não têm onde morar, que perderam seus empregos e as condições básicas para viver com dignidade.

Uma dura realidade que se espalha pelo Brasil, mas que na cidade de São Paulo escancara cada vez mais as consequenciais de uma sociedade dividida em classes que, enquanto uma minoria concentra riqueza, milhões são vítimas da miséria provocada pelo sistema capitalista.

O desemprego e a fome aumentam em meio a uma pandemia que não tem data para acabar e os governos ao invés de garantir as devidas políticas públicas para proteger quem está exposto à miséria e ao desalento, tenta escondê-los, expulsá-los até dos viadutos e ruas.

É o que aconteceu nos últimos dias na cidade de São Paulo onde o governo municipal mandou colocar pedras embaixo dos viadutos com a nítida intenção de impedir que aqueles que não têm teto busquem nos viadutos da cidade mais rica do país um lugar para se abrigar.

O prefeito Bruno Covas disse que desconhecia a ação, mas essa é a política do PSDB, o atual governador João Dória do mesmo partido, quando foi prefeito mandou jogar jatos de água nas pessoas em situação de rua destruindo também seus poucos pertences. São os mesmos seja na prefeitura ou no governo do estado que falam hipocritamente em defender vidas durante a pandemia, quando na realidade jogam os trabalhadores e mais pobres na mira do vírus.

No dia de hoje Pe. Júlio Lancelotti da Pastoral do Povo de rua esteve num desses viadutos com uma marreta carregada de solidariedade para arrancar as pedras da desumanidade desses governos.

Isso acontece de governo em governo incluindo a gestão do PT de Haddad que colocou tapumes em áreas cobertas de praças como na Praça Roosevelt para impedir que pessoas em situação de rua pudessem se abrigar.

A iniciativa de Pe. Júlio, vai além de um ato simbólico é um ato de resistência, resistência que só pode se ampliar na luta do conjunto da classe trabalhadora.

Fonte: Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe trabalhadora

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