Em Manaus, as pessoas estão morrendo por falta de oxigênio; estão morrendo de asfixia dentro dos hospitais
É crime, é genocídio e tem responsável: o governo Bolsonaro
Há quase um mês o governo federal foi informado de que faltaria oxigênio no Amazonas principalmente na capital Manaus por conta do aumento da contaminação pelo novo coronavírus.
Bolsonaro, seus filhos e sua corja asquerosa que negam a gravidade da pandemia, a necessidade da vacinação e que fizeram festa quando o governo em Manaus recuou das medidas de isolamento o que fez explodir o aumento dos casos de COVID-19 têm responsabilidade direta sobre a tragédia que está acontecendo no estado do Amazonas.
O consumo de oxigênio nas últimas semanas mais que dobrou em Manaus indo de 30 para 70 mil metros cúbicos, o governo Bolsonaro sabia disso e nada fez. Só depois da tragédia se escancarar para o mundo, os aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) começaram a se dirigir para Manaus levando cilindros de oxigênio e transferir pacientes para outros estados, mas isso é quase nada. Na mesma semana que o caos se instala em Manaus, o maior avião de carga da FAB foi para os EUA e lá ficará até 5 de fevereiro onde os militares participam de um treinamento militar.
Não é caridade, é obrigação: grandes empresas multinacionais anunciaram a suspensão das atividades para liberarem o oxigênio de suas fábricas para os hospitais como se isso fosse um gesto de solidariedade, quando na realidade estão preocupados com as consequências do caos no estado para os seus negócios. Grandes indústrias de produção de gás, oxigênio, incluindo o oxigênio medicinal como a White Martins mostram que para o Capital vidas não importam, só apenas para produzirem seus lucros. As empresas sabiam da situação trágica em Manaus e não organizaram sua produção priorizando o envio de oxigênio para os hospitais.
Bebês prematuros correm risco de morrer por falta de oxigênio: 60 bebês prematuros que estão em UTI neonatal terão que ser transferidos para outros estados porque não há oxigênio suficiente nas UTI’S.
A tragédia que tem matado adultos, idosos e jovens, agora chega perto da vida dos pequenos, essa tragédia tem responsável: esse governo genocida que conta com a omissão do Congresso Nacional, pois deputados e senadores que soltam “notas indignadas’ sobre a situação de Manaus estão sentados em cima das dezenas de pedidos exigindo o impeachment de Bolsonaro.
O governo Bolsonaro é um governo que cultua a violência, a discriminação, a eliminação de direitos, a morte: são mais de 40 milhões de desempregados, são mais de 60 milhões que irão para miséria com o fim do auxílio emergencial eliminado pelo governo, quem está trabalhando está com os salários cada vez mais arrochados e tendo direitos desrespeitados.
Bolsonaro com sua aversão à ciência, com seu descaso pela vida, colocou a classe trabalhadora e seus filhos na mira da morte seja pela fome, seja pelo vírus, sendo ele um dos principais vetores do aumento da contaminação quando estimula as aglomerações, quando ridiculariza a importância da imunização.
Em Manaus, nossos irmãos de classe estão morrendo por falta de algo fundamental para vida humana: oxigênio. Se os corações estão em agonia com o que se vê em Manaus, isso está longe de saber o que sente alguém em agonia por falta de ar, por faltar oxigênio para respirar.
Está mais do que na hora de transformar a agonia, a indignação em luta, que não avançará nos espaços virtuais, mas sim nos locais de trabalho, na moradia e nas ruas.
É necessário lutar para viver.
Fonte: Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora